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Finanças: défice de 2,1% no primeiro trimestre é "compatível com as previsões" do Governo

O Ministério das Finanças reagiu à divulgação, pelo INE, de que o défice orçamental se fixou em 2,1% nos primeiros três meses do ano, um resultado acima dos 1,5% previstos no Orçamento para o ano de 2017, considerando que este resultado é " compatível com as previsões" do Governo.

Miguel Baltazar/Negócios
23 de Junho de 2017 às 14:53
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O Ministério das Finanças não mostra qualquer apreensão com o facto de o défice orçamental no primeiro trimestre deste ano ter sido de 2,1% do produto interno bruto (PIB), segundo revelou esta sexta-feira, 23 de Junho, o Instituto Nacional de Estatística (INE). Este défice é superior à meta de 1,5% definida pelo Governo para o conjunto do ano de 2017 tanto no Orçamento do Estado como no Programa de Estabilidade (2017-2021).

 

Em comunicado enviado às redacções, o Ministério tutelado por Mário Centeno sustenta que o resultado é "compatível com as previsões" do Governo e que a informação divulgada pelo INE "corrobora a dinâmica positiva que caracteriza a economia portuguesa" e "confirma uma tendência de diminuição do défice das contas públicas".

 

Isto porque o défice de 2,1% nos primeiros três meses do ano representa uma diminuição de 1,2 pontos percentuais comparativamente com o período homólogo, diminuição esta que as Finanças consideram reflectir "uma melhoria do saldo corrente, que passa de -2,2% para -0,8%". No entender do Governo, "a estabilidade da despesa corrente é uma expressão clara da gestão rigorosa da execução orçamental".

 

A concluir, o Executivo chefiado por António Costa considera que "estes resultados estão em linha com o compromisso do Governo de fazer uma gestão criteriosa das contas públicas de modo a assegurar a sua sustentabilidade e a estimular o crescimento económico".

 

Antes ainda da reacção das Finanças, Manuel Caldeira Cabral, ministro da Economia, reagira, citado pela Lusa, aos números apresentados pelo INE dizendo tratar-se de "um sinal muito positivo" sobre o momento vivido pela economia portuguesa. "

 

A redução homóloga do défice no primeiro trimestre de 3,3% para 2,1% está, para Caldeira Cabral, "em linha com a previsão de descida do défice para este ano", sendo que o ministro da Economia considera mesmo que a referida descida é mesmo "mais forte do que é necessário ao longo do ano".

 

"Estamos a trabalhar no crescimento, estamos a ter um forte aumento do investimento, ao mesmo tempo que continuamos a trabalhar na consolidação das contas públicas", acrescentou o responsável pela pasta da Economia.

 

Esta semana o Banco de Portugal reviu em alta as previsões para o PIB português em 2017, antecipando que a economia cresça 2,5%, o que a confirmar-se representará o melhor desempenho em 17 anos. A previsão do banco central supera a estimativa apresentada pelo Governo no Programa de Estabilidade que aponta para um avanço do PIB de 1,8%.

 

A melhoria das perspectivas relativamente à economia portuguesa tem vindo a intensificar-se, com cada vez mais instituições a preverem que o PIB irá crescer acima da casa dos 2% neste ano. 

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