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Mais três multinacionais vão sair da Rússia. Saiba quais

Reuters
26 de Outubro de 2022 às 18:50
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No setor automóvel, a alemã Mercedes-Benz e a norte-americana Ford anunciaram esta quarta-feira que vão sair do mercado russo. Antes, a gigante de "fast food" Kentucky Fried Chicken também revelou que abandona o país.

A Mercedes vai vender as ações das subsidiárias de serviços financeiros e industriais a um investidor local, tornando-se a mais recente empresa automóvel a sair do país, após a japonesa Nissan e a francesa Renault. Também o grupo Volkswagen está a tentar abandonar a Rússia.

 

As ações das subsidiárias locais serão vendidas à rede de concessionárias Avtodom, a qual já deu conta que vai selecionar um parceiro da área da tecnologia para continuar a operar nas instalações a noroeste de Moscovo, onde a Mercedes detinha a fábrica de produção. No início de março, a empresa alemã já tinha suspendido a produção no país.

 

"As principais prioridades ao concordar com os termos da transação foram maximizar o cumprimento das obrigações com os clientes russos, tanto em termos de serviços pós-venda como no que toca aos serviços financeiros, bem como preservar os empregos dos funcionários", explicou Natalia Koroleva, CEO da Mercedes-Benz Russia, em comunicado.

 

Já o CFO da Mercedes, Harald Wilhelm, especificou que "a transação está sujeita à aprovação das autoridades e à implementação das condições contratualmente acordadas". Durante a apresentação dos resultados do terceiro trimestre o diretor financeiro deixou claro que daqui para a frente esta transação não terá um impacto significativo na rentabilidade e na posição financeira do grupo.

 

Contactada pela Reuters, fonte oficial da Mercedes indicou que esta transação não irá abranger a participação de 15% da empresa na fabricante russa de camiões Kamaz, a qual deve passar para a esfera da Daimler Truck este ano, como planeado.

 

O jornal russo Vedomosti avança, citando uma fonte, que o acordo de venda das ações das subsidiárias da Mercedes na Rússia pode conter uma cláusula de recompra para o futuro, semelhante às que figuram nas transações celebradas pela Nissan e Renault.

Também a Ford anunciou esta quarta-feira que vai sair da Rússia. A empresa vai vender a participação de 49% na "joint venture", através da qual opera no país, não tendo revelado o valor da operação.

O acordo contempla uma cláusula  de recompra dentro de um período de cinco anos "caso a situação global mude". Em março, a empresa já tinha anunciado a suspensão das operações no país.

 

Em 2019, a Ford anunciou que a "joint venture"estava a fechar as portas de duas fábricas, tendo nessa altura saído do segmento de veículos de passageiros do país. Mais tarde, nesse mesmo ano, a Ford reestruturou o investimento na Rússia e cedeu o controlo do projeto à Sollers.


Esta quarta-feira é dia de resultados tanto para Mercedes-Benz como para  a Ford. A Mercedes viu o lucro subir 54% para 4 mil milhões de euros. Já a Ford apresenta resultados depois da sessão norte-americana.

A cadeia norte-americana de "fast food" Kentucky Fried Chicken (KFC)  transferiu os restaurantes que possuía neste país e a franquia da marca para um parceiro local. O novo proprietário, a Smart Service, detida por dois empresários russos, fica obrigada a transformar gradualmente todos os 1.000 estabelecimentos KFC em Rostic’s.

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