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Maiores empresas portuguesas facturam mais e lucram menos. Petrogal lidera

Petrogal, EDP Serviço Universal, EDP Distribuição, Modelo Continente e Pingo Doce são as cinco maiores empresas portuguesas, em termos de facturação. Encabeçam o ranking das 500 empresas de topo da revista Exame.

16 de Novembro de 2012 às 15:00
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A revista Exame revelou esta tarde o seu ranking das 500 melhores e maiores (500 M&M) empresas portuguesas. Em termos de facturação, a maior empresa portuguesa é a Petrogal, com uma facturação de 9,4 mil milhões de euros no ano passado, seguindo-se a EDP Serviço Universal, a EDP Distribuição, Modelo Continente e, em quinto lugar, o Pingo Doce. Todas elas recuaram nos lucros, à excepção da EDP Serviço Universal.

Do ranking das dez maiores empresas de 2011 fazem ainda parte a EDP – Energias de Portugal, em sexto lugar, seguida da Volkswagen Autoeuropa, TAP, Repsol e Estradas de Portugal. Sublinha-se que três das dez maiores empresas portuguesas são do Grupo EDP.

Em 2011, as vendas das 500 maiores empresas portuguesas subiram 7,1% para os 132,4 mil milhões de euros, mas os lucros caíram 11,4%. “A queda nos lucros, apesar do aumento das vendas, é um sinal de que as 500 M&M sacrificaram margem de lucro e rentabilidade para preservar o negócio”, escreve a Exame.

Num ano em que as empresas portuguesas já sentiram os efeitos da crise económica e financeira, o endividamento das 500 empresas de topo em Portugal subiu para os 73,6%. “Todos os indicadores de rentabilidade degradaram-se muito”, avança a Exame. O endividamento (rácio entre passivo e activo) das 500 M&M subiu de forma contínua nos últimos anos, passando de 66,8%, em 2005, para 72,7%, em 2010, atingindo agora os 73,8% em 2011.

Contudo, o endividamento não é o único indicador que ilustra a maior vulnerabilidade financeira das 500 M&M. A solvabilidade (quociente entre capital próprio e passivo) voltou a diminuir, para 35,5%.

O estudo abrangeu 27 sectores de actividade, e teve em conta indicadores como vendas, resultados líquidos, rentabilidade de activos, capital próprio, valor acrescentado, solvabilidade e liquidez geral. Os sectores da agro-indústria e química são, juntamente com o comércio por grosso, os que mais aumentaram o número de empresas na lista das 500 M&M. Por sua vez, o sector da construção foi o que mais perdeu passando de 43 para 32 empresas. Um dos sectores mais relevantes em termos dos vários indicadores é o sector da água, electricidade e gás.

Dentro de cada sector, a revista Exame elegeu a melhor e a maior empresa. Assim, por exemplo, no sector dos transportes e distribuição, a maior empresa do ano foi a TAP, enquanto o prémio de melhor empresa foi para os CTT Expresso. No sector da agro-indústria a melhor é a Danone, e a maior a Lactogal. No sector das actividades auxiliares de transportes, a melhor é a Lusoponte, e a maior a Estradas de Portugal. Já no comércio a retalho, a maior é a Worten, e a melhor a Lojas Francas de Portugal.

Ainda segundo a Exame, em termos de volume de vendas, a liderança continua a pertencer à distribuição de combustíveis. Nem a queda de 25% nos lucros fez o sector perder a liderança.

As vendas das 500 M&M representam 77,5% do PIB português, um peso maior do que no ano anterior, quando era de 71,7%. Em 2009, era de 64,7%. A influência das 500 M&M no emprego também é relevante. As 500 empregam 407 mil funcionários, 8,4% da população empregada. Mas o emprego caiu 6% em termos de total nas 500 M&M.

O contributo das 500 M&M para os cofres públicos, considerando apenas o imposto sobre o rendimento do exercício, foi de 1,65 mil milhões de euros em 2011, menos 2,1% do que no ano anterior.

As 10 maiores empresas portuguesas
1 PETRÓLEOS DE PORTUGAL — PETROGAL

2 EDP SERVIÇO UNIVERSAL

3 EDP DISTRIBUIÇÃO — ENERGIA

4 MODELO CONTINENTE — HIPERMERCADOS

5 PINGO DOCE LVT

6 EDP — ENERGIAS DE PORTUGAL

7 VOLKSWAGEN AUTOEUROPA

8 TAP — TRANSPORTES AÉREOS PORTUGUESES LVT

9 REPSOL PORTUGUESA

10 ESTRADAS DE PORTUGAL


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