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Maior mina de lítio do mundo sinaliza novo plano de expansão

A Tianqi Lithium e a Albemarle ampliarão a expansão da maior mina de lítio do mundo, praticamente triplicando a capacidade de sua operação conjunta na Austrália Ocidental.

David Mercado/Reuters
29 de Julho de 2018 às 10:00
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A mina Greenbushes, que actualmente responde por quase um terço da oferta global, usará o projecto de 516 milhões de dólares australianos (326,6 milhões de euros) para aumentar a capacidade para cerca de 260.000 toneladas por ano de equivalente de carbonato de lítio, anunciou esta semana a Talison Lium, a joint-venture da Tianqi e da Albemarle.

 

O total contrasta com a produção de 90.000 toneladas de 2017 e amplia a expansão actual, que previa uma quase duplicação desse número.

 

A capacidade expandida entrará em operação a partir do fim de 2020 e a infraestrutura melhorada da mina poderá receber novas ampliações, que dependerão de aprovações, informou a Talison. A Greenbushes tem uma "significativa capacidade de expansão", disse em comunicado o CEO da Talison, Lorry Mignacca.

 

O temor de analistas e bancos como o Morgan Stanley e a Wood Mackenzie de que a nova onda de oferta global de lítio reduza os preços tem penalizado as acções das produtoras e atraiu a ira da indústria nos últimos meses. As fornecedoras insistem que o mercado continuará apertado devido ao aumento da procura e porque a entrega de novos projectos provavelmente será mais difícil do que o previsto.

 

Os preços de alguns produtos de lítio caíram este ano, em parte porque os stocks estão em queda na China antes da mudança prevista na produção de baterias para tecnologias com maior densidade de energia, informou a mineira australiana Galaxy Resources na semana passada.

 

É improvável que a expansão da Talison aumente as preocupações em relação à oferta porque a matéria-prima é usada pelas unidades de processamento integradas da Albemarle e da Tianqi, pelo que as parceiras provavelmente equilibrarão a produção com a procura do mercado e a sua intenção de ampliar a capacidade é bastante conhecida, segundo Reg Spencer, analista da ‎Canaccord Genuity Group em Sidney.

 

As duas empresas estão a construir novas refinarias na Austrália Ocidental para aumentar a produção de hidróxido de lítio, o material para baterias que cada vez ganha mais preferência para veículos eléctricos.

 

Os planos da Talison continuam a ser alvo de disputa judicial. Embora a Talison tenha o direito de produzir lítio na mina, a Global Advanced Metals, ou GAM, tem direitos sobre outros minérios, incluindo tântalo - usado principalmente na indústria electrónica. Há um julgamento marcado para Outubro na Supremo Tribunal da Austrália Ocidental, segundo a GAM.

 

"A expansão da produção de lítio da Talison não pode acontecer à custa dos direitos da GAM ao seu tântalo e a todos os outros minérios de Greenbushes", declarou o CEO da GAM, Andrew O’Donovan, em declaração enviada por e-mail. A Talison não respondeu ao pedido de comentário.

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