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Luís Figo:"É muito fácil ser aldrabão em Portugal"

O ex-capitão da selecção nacional está amargurado com tudo o que se tem escrito sobre ele em relação aos casos Taguspark e BPN, e diz mesmo que não tem vontade de ter nada em Portugal. Quanto ao alegado pagamento de José Sócrates para o apoiar nas legislativas de 2009, reage: Se tivesse recebido era o primeiro a dizer! Não tinha nada a esconder, nem problemas em assumir que tinha recebido dinheiro. Essas coisas é que me revoltam, disse o ex-jogador em entrevista ao jornal Sol.

15 de Junho de 2012 às 11:19
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As notícias sobre dinheiro e jogos de influência que envolveram Figo deixam-no revoltado. “Escreveu-se muita merda e eu já não tenho idade para suportar muitas destas coisas. Escreveram-se coisas que não são reais…. São coisas que magoam e sente-se a injustiça”, disse ao semanário o ex-craque que alinhou em Portugal, Espanha e Itália.

Figo, que se dedica agora à vida de empresário, diz que não tem vontade de investir em Portugal, país em que “há sempre alguma coisa que dificulta e que cria má imagem”. "Dá-me vontade de não ter nada aqui”, argumentou Luís Figo, que, no entanto, garantiu que "não há ninguém mais patriota do que eu, nem os quase 11 milhões de habitantes juntos gostam mais do meu país".

“Mas ao tentar produzir ou fazer algo de bom em Portugal, há sempre alguém a denegrir, a mandar abaixo, a acusar de estar ligado a isto e aquilo…. Porque é que vou estar com problemas se posso estar sossegadinho no meu sofá, com a minha família, em Madrid?”. questionou.


Já sobre o apoio a Sócrates, Figo assumiu ter recebido um convite para apoiar o ex-primeiro ministro, mas garante que nunca recebeu dinheiro. “Eu lá preciso de receber dinheiro do primeiro-ministro para o que quer que seja?”, indagou, acusando de seguida que o seu nome apareceu ligado ao caso Taguspark porque houve pessoas que o quiseram envolver, sem no entanto as identificar.

O ex-jogador que terminou a carreira no Inter de Milão disse que está desiludido com Sócrates, como estão todos os outros portugueses que nele votaram, pela situação que hoje o país vive.
No caso do BPN, em que ainda está à espera de receber 850 mil euros relativos a um contrato publicitário que fez para o banco, Luís Figo joga ao ataque. “Hoje em dia é muito fácil ser aldrabão em Portugal. Assina-se um contrato de imagem e por qualquer motivo não pagam e não assumem as responsabilidades. Se eu não pagar o meu financiamento ao banco, penhoram-me os bens. Não apontei uma pistola a ninguém para usarem a minha imagem”, rematou.
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