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Lucros dos CTT aumentam, mas passivo cresce 14,8%

Os resultados dos CTT melhoraram até Setembro (em 27,7%), mas o passivo da empresa, que está em processo de privatização, cresceu 14,8% até Setembro de 2013, mais 116,9 milhões de euros do que no final do ano passado.

Tiago Sousa Dias/Correio da Manhã
29 de Outubro de 2013 às 21:30
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Em comunicado, a empresa adiantou na terça-feira que para esta subida "destaca-se o aumento da rubrica contas a pagar (mais 122,4 milhões de euros), que resulta principalmente do acréscimo dos credores de serviços financeiros postais (sobretudo IGCP) na ordem dos 135 milhões".

 

Contactada pelo Negócios, a empresa explicou que "em 30 de Setembro de 2013 o balanço dos CTT que, como qualquer balanço é uma 'fotografia' do último dia do período a que se refere, inclui no passivo os valores que os CTT cobraram/recolheram dos clientes nas suas lojas por conta do IGCP e de outras entidades com as quais tem contratos celebrados". Assim, nesse dia, os CTT deviam dinheiro a essas entidades". Um delas é o IGCP, "para o pagamento de impostos nas lojas CTT", dizem os Correios.

 

Os resultados líquidos da empresa ascenderam a 45,2 milhões de euros. O EBITDA aumentou 12,6% atingindo 93,3 milhões de euros. Os rendimentos operacionais totalizaram 520 milhões, menos 1,8% do que no ano anterior, fruto da queda do correio.

 

"Esta redução de tráfego verificou-se no correio nacional transnacional que registou de Janeiro a Setembro de 2013 um decréscimo de 6,9% face ao período homólogo de 2012". Além disso, "de Janeiro a Setembro de 2013, o tráfego da área de Expresso e Encomendas cresceu 8,9% e os rendimentos cresceram 0,3% para 95,1 milhões de euros, quebrando o movimento de queda verificado em períodos anteriores".

 

Por outro lado, no que diz respeito aos serviços financeiros, a empresa adianta que "os rendimentos desta área de negócio cresceram 1,1% face ao período homólogo, para 44,1 milhões de euros". 

 

A sociedade pediu em Agosto a licença bancária, que sempre foi considerada como sendo um atractivo para os privados que querem entrar no capital da empresa. Mas os  Correios adiantam que há "produtos que podem ser oferecidos pelos CTT sem a necessidade de criar o Banco, como é o caso da actividade de intermediação de crédito ao consumo/cartões de crédito".  O lançamento do Banco Postal será decidido pelo futuro dono dos CTT.

 

A empresa adiantou ainda que a prestação de serviços públicos na rede de lojas dos CTT arranca em Dezembro deste ano, depois de ter sido assinado um protocolo com o Governo para "a instalação de espaços Loja do Cidadão na rede de retalho, com um projecto piloto a começar no dia 1 de Dezembro na região metropolitana de Lisboa, e que se alargará progressivamente a todas as lojas dos CTT".

 

Assim, "o Estado pretende instalar cerca de 1.000 espaços Loja do Cidadão em todo o país, sendo os CTT o principal parceiro com as suas 624 lojas. O modelo económico de funcionamento, as questões operacionais e o investimento necessário terão ainda de ser acordados entre as partes". Em causa está "renovar a carta de condução, pedir declarações da Segurança Social, certidões do registo predial ou a isenção do IMI, entregar declarações do IRS ou inscrever alunos nas escolas", dizem os CTT.

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