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Lucros do BPI sobem para 251 milhões e superam previsões (act)

O Banco BPI registou um resultado líquido de 250,9 milhões de euros no ano passado, um valor que representa um crescimento comparável de 57,5% face ao verificado em 2004 e que ficou acima das estimativas dos analistas. Com a posição de 3,7% no BCP, o BPI

26 de Janeiro de 2006 às 17:51
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O Banco BPI registou um resultado líquido de 250,9 milhões de euros no ano passado, um valor que representa um crescimento comparável de 57,5% face ao verificado em 2004 e que ficou acima das estimativas dos analistas. Com a posição de 3,7% no BCP, o BPI está a apurar uma mais-valia potencial de 76,8 milhões de euros.

Os resultados líquidos de 250,9 milhões de euros registados em 2005 comparam com os 159,3 milhões de euros apurados em 2004, tendo já em conta as novas normas de contabilidade IAS. Face aos 192,7 milhões de euros registados em 2004, com base na contabilidade POC, o crescimento dos lucros foi de 30,2%.

Analistas contactados pela Reuters aguardavam lucros de 225 milhões de euros, com as estimativas a oscilarem entre 217 e 243 milhões de euros.

O resultado líquido por acção ascendeu a 33 cêntimos, tendo o banco liderado por Fernando Ulrich avançado com uma proposta de dividendo de 12 cêntimos, que representa um «pay-out» de 36,36% e uma subida de 20% face ao período homólogo.

A rentabilidade do capital próprio situou-se em 23,5%. No final de Dezembro de 2005, o rácio de requisitos de fundos próprios, calculado de acordo com as regras do Banco de Portugal, situava-se em 11,5%1 e o Tier I em 7,3%.

O produto bancário consolidado cresceu 10,7% para 907,5 milhões de euros, tendo a margem financeira apresentado uma evolução positiva de 8,2% para 547,2 milhões de euros. As comissões aumentaram 8,2% e os lucros em operações financeiras subiram 57,8%.

Custos sobem mas rácios melhoram

No ano passado o BPI viu os custos de estrutura aumentarem 3,6% face a 2004, para 525,1 milhões de euros, excluindo custos não recorrentes com reformas antecipadas de 77,4 milhões de euros em 2004 e de 600 mil euros em 2005.

Apesar da subida dos custos, que foram mais impulsionados pela actividade internacional, o BPI conseguiu melhorar o rácio de eficiência para 57,8% em 2005, contra os 61,7% verificados no ano anterior.

BCP gera mais valia potencial de 76,8 milhões

As acções disponíveis para venda na carteira do BPI estavam registadas no balanço do banco, a 31 de Dezembro, nos 420,9 milhões de euros, representando já uma mais-valia potencial de 82,7 milhões de euros.

O grosso desta mais valia potencial (66,3 milhões de euros) resulta da posição de 4% que o banco detém no seu rival BCP. As participações detidas na Ibersol e Cofina também são geradoras de potenciais mais-valias.

Mas, segundo o comunicado do BPI, a actual potencial mais valia no BCP (a posição baixou para 3,7% devido ao aumento de capital) é já de 76,8 milhões de euros.

Angola impulsiona lucros e já pesa 27%

Na actividade doméstica em Portugal o BPI apurou um resultado líquido de 179,4 milhões de euros, valor que representa um crescimento de 37,4% face registado em 2004 (contabilidade IAS).

O BPI afirma que expandiu a sua rede de retalho em Portugal, com a abertura de 26 balcões tradicionais, elevado para 533 o número de balcões do banco, e três novos centros de investimento.

A carteira de crédito na actividade doméstica cresceu 9,3%, atingindo no final de 2005 os 20,5 mil milhões de euros, tendo o crédito á habitação verificado um crescimento de 6%.

Os recursos totais de clientes, na actividade doméstica, registaram um crescimento de 11,7% para 21,2 mil milhões de euros, enquanto os recursos no balanço aumentaram 13,6%, «o que reflecte principalmente o crescimento de 90% dos seguros de capitalização geridos pela BPI Vida», explica o banco.

Nos negócios internacionais, o BPI registou lucros de 71,5 milhões de euros, o que representa um crescimento de 148,7% face a 2004 e uma ponderação de 28,5%, acima dos 16,2% de 2004.

A grande fonte de lucros do BPI no exterior resulta do Banco Fomento Angola (BFA), que viu os seus resultados líquidos crescerem 26,6 milhões de euros em 2004, para 69,7 milhões de euros no ano passado.

A carteira de crédito na actividade internacional mais que duplicou, atingindo no final do ano os 416 milhões de euros.

O negócio em Angola, que já pesa mais de 27% nos lucros de 2005, continua a expandir a sua actividade, tendo inaugurado 11 novos balcões e contratado 258 novos colaboradores, que ascendem agora a 757.

Todos os indicadores do BFA registaram uma forte expansão, com a margem financeira a subir 80,6%, as comissões a subirem 46% e o rácio de eficiência a melhorar para 24,4%

As acções do BPI fecharam a subir 0,24% para 4,14 euros, tendo ao longo da sessão fixado um máximo desde Junho de 1999 nos 4,17 euros.

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