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Lucros da Sonae Distribuição recuam 40% no trimestre

A "holding" de distribuição do grupo Sonae consolidou resultados líquidos de nove milhões de euros no primeiro trimestre deste ano, uma descida de 40% face aos 15 milhões obtidos há um ano, em que os lucros beneficiaram de efeitos extraordinários. As vend

07 de Maio de 2008 às 17:47
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A "holding" de distribuição do grupo Sonae consolidou resultados líquidos de nove milhões de euros no primeiro trimestre deste ano, uma descida de 40% face aos 15 milhões obtidos há um ano, em que os lucros beneficiaram de efeitos extraordinários. As vendas cresceram 28%, para 927 milhões de euros até Março passado.

A causa para a descida dos lucros deve-se, explicou hoje a companhia de distribuição, a "eventos não recorrentes associados a mais-valias na alienação de activos imobiliários" e a uma "componente mais expressiva de encargos financeiros".

Os efeitos não recorrentes ocorridos no primeiro trimestre de 2007 devem-se, explica a mesma fonte, ao facto de há um ano a Sonae Distribuição ter tido "um ganho não recorrente de 12 milhões de euros" pela venda dos activos imobiliários das galerias comerciais de Albufeira e Portimão.

Já na parte dos encargos financeiros, a companhia adianta que em finais de Março deste ano o endividamento líquido passou a ser de 1,27 mil milhões de euros, superior em 735 milhões de euros ao consolidado um ano antes. Aqui a justificação é, recorda a administração da Sonae Distribuição, o "forte plano de investimentos que nos últimos 12 meses ascendeu a mais de mil milhões de euros". O custo foi usado para crescer quer por via orgânica – a companhia abriu mais 129 novas lojas – quer por aquisições – a mais visível das quais a compra dos activos do Carrefour em Portugal.

Sem contabilizar efeitos não recorrentes, o "cash-flow" operacional (EBITDA) – do grupo ascendeu a 40 milhões de euros, "o que compara de forma positiva com o histórico", crescendo 18%, face a 34 milhões de euros. O "cash-flow" operacional, contando efeitos não recorrentes, beneficiou de nove milhões de euros "associados à venda de um activo imobiliário em Florianópolis", no Brasil, o que contrabalança com a mais valia de 12 milhões obtida no primeiro trimestre de 2007 com as operações imobiliárias já mencionadas realizadas em Portugal.   

Vendas crescem 28%

Para o crescimento de 28% das vendas no trimestre em análise, para 927 milhões de euros, a administração liderada por Nuno Jordão salienta o contributo: "do crescimento de 3% do universo comparável de lojas"; da "estratégia de forte crescimento orgânico"; da integração do Carrefour no final de 2007; e do "contributo das vendas dos postos de combustível associados" ao grupo de activos anteriormente detidos pelo Carrefour.

Segmentado, o universo de insígnias alimentar (Continente, Modelo, Bonjour), totalizou um volume de negócios de 646 milhões de euros, um aumento homólogo de 23%. Esta área deu um contributo de 30 milhões de euros para o "cash-flow" operacional consolidado.

Já a área não alimentar (entre as quais se inserem insígnias como a SportZone, Vobis, Modalfa ou Worten), tiveram um crescimento de 24%, para 247 milhões de euros. Teve um contributo de 7,5 milhões de euros para o "cash-flow" operacional do grupo.

Tudo somado, distribuição de base alimentar e distribuição especializada, o grupo facturou através das suas insígnias 893 milhões de euros, mais 24%. O que falta na equação para o volume de negócios total foi realizado pelos postos de combustível situados nos parques de estacionamento dos hipermercados que detinham a marca Carrefour, que tiveram um acréscimo de 4% "face ao referencial homólogo do ano anterior", em que ainda pertenciam ao grupo francês.

Investimento de 300 milhões em 2008

A companhia de distribuição reitera a sua intenção de investir 300 milhões de euros em 2008. Destes, investiu já 56 milhões de euros nos primeiros três meses do ano, para abrir 10 novas lojas e na modernização do parque já existente da companhia.

A Sonae Distribuição terminou Março deste ano com um parque de 655 lojas e mantém a vontade de adicionar mais 60.000 metros quadrados de área de venda até ao final do presente exercício.

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