Os lucros da Hidrocantábrico, eléctrica espanhola controlada pela EDP, atingiram os 173,2 milhões de euros, em 2005, o que representa um crescimento de 143,6% face ao ano anterior, divulgou a empresa em comunicado.

Já o resultado bruto de exploração (EBITDA) alcançou os 529 milhões de euros, ou seja, mais 47% do que em 2004. O resultado líquido (depois de impostos) aumentou 144% para 173 milhões de euros.

O investimento no negócio das energias renováveis, de 1,129 mil milhões de euros, ou seja, mais 267% do que no ano anterior, é um dos principais pontos apontados pela empresa para o crescimento registado em 2005. A HC  tem um potência instalada em energias renováveis de 1.000 MW.

A própria HC considera , em comunicado, que «2005 foi um ano favorável para o Grupo HC Energia, tendo no decurso do exercício incrementado a política de provisões, ao mesmo tempo que se tornaram visíveis os benefícios das sinergias estabelecidas com a EDP».

Para o resultado líquido, contribuiu a actividade de telecomunicações, «através da Telecable que se encontra consolidada e em fase de expansão, contribuiu com um milhão de euros», diz a HC.

A HC destaca ainda o aumento do «cash-flow» gerado, que ascendeu a 374 milhões de euros, ou seja, mais 52% que em 2004.

Durante o exercício de 2005, a empresa alienou, no âmbito da reorganização da actividade, a participação de 3% que detinha na Red Eléctrica de España, bem como a participação de 49% que detinha na Hidráulica de Santillana, que se traduziram em mais valias de 31,8 milhões de euros e 8,9 milhões de euros, respectivamente.

Como consequência, a dívida financeira líquida do Grupo aumentou 692 milhões de euros, atingindo 2.369 milhões.

«Este incremento da dívida, associada à expansão do negócio das energias renováveis foi financiada pela EDP, o que permite à HC beneficiar das condições financeiras associadas ao "rating" da EDP», pode ler-se no comunicado.

Em 2005 a HC conseguiu ainda atingir o volume histórico de produção de energia, para os 16.431 GWhora, ou seja, mais 10% do que em 2004.

O exercício passado ficou ainda marcado pelo arranque das obras de construção do segundo centro de ciclo combinado em Castejón, Navarra.  Já a construção do novo grupo projectado para Soto de Ribera, Astúrias, deverá arrancar no segundo trimestre. O investimento nas duas centrais atingirá os 400 milhões de euros.

Hoje, o grupo tem mais de 1,3 milhões de clientes repartidos equivalentemente entre electricidade e gás.