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Lucros da Galp caíram menos do que esperado nos primeiros seis meses

A petrolífera portuguesa viu os seus lucros diminuírem 9,3% durante os primeiros seis meses do ano. Contudo, os números terão surpreendido ligeiramente na segunda metade do semestre com a deterioração do resultado líquido a ser menor do que as estimativas.

3 - Ferreira de Oliveira, Galp Energia. 17,2%
29 de Julho de 2013 às 07:59
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O resultado líquido da Galp Energia saldou-se em 162 milhões de euros, nos seis meses que terminaram a 30 de Junho. Uma deterioração de 9,3% face ao período homólogo que terá surpreendido os analistas pela positiva, já que eles antecipavam uma maior deterioração dos resultados na segunda metade do semestre.

 

A cotada liderada por Manuel Ferreira de Oliveira (na foto) respondeu à quebra homóloga das receitas com uma redução mais acentuada das despesas operacionais. Ainda assim, os custos financeiros mais altos e as depreciações e amortizações ditaram a quebra dos lucros.

 

As vendas recuaram 2,7% para 9,095 mil milhões de euros mas a petrolífera reduziu as despesas operacionais em 3,6% para 8,563 mil milhões de euros. Desta forma, o resultado antes de juros, impostos, depreciações e amortizações (EBITDA) progrediram 13,9% para 557 milhões de euros.

 

O comunicado publicado no site da Comissão do Mercado de Valoeres Mobiliários (CMVM) justifica a diminuição das vendas com a descida das cotações dos produtos petrolíferos.

 

Por outro lado, o aumento das depreciações e das provisões levou os resultado antes de juros e impostos (EBIT ou resultado operacional) a aumentar em menor proporção, com o crescimento a ser de 7,8%, para 299 milhões de euros. O aumento das depreciações e provisões é justificada pelo segmentos Exploração & Produção (E&P) petrolífera, bem como pelas despesas em Investigação & Desenvolvimento (R&D, na sigla inglesa).

 

O contributo mais negativo dos resultados financeiros reflectiu-se numa quebra de 7% do resultado antes de impostos para 274 milhões de euros. Esta evolução foi marcada pelos resultados de empresas associadas, que caíram em 11 milhões de euros (-25,8%) para 31 milhões e pelo impacto negativo dos resultados financeiros, que aumentou em 31 milhões para 57 milhões de euros.

 

A consolidação integral dos resultados da subsidiária Setgás ditou a quebra do contribuito de empresas associadas, bem como pelo contibuto negativo das empresas Tupi BV e Belém Byoenergy, "que se encontram em fase de arranque operacional", justifica a empresa no comunicado. Os resultados financeiros comparáveis são influenciados por diferenças de câmbio que afectaram os números do ano passado, dificultando a comparação homóloga deste ano, refere a empresa.

 

Segunda metade do semestre melhor do que esperada

 

Os números divulgado esta manhã ficam marcados pela deterioração dos lucros mais acentuada durante o segundo trimestre deste ano.

 

O resultado líquido relativo à segunda metade do semestre saldou-se nos 86 milhões de euros, o que representa uma quebra homologa de 32,8%. Contudo, este compara favoravelmente com as estimativas dos analistas que apontavam para uma deterioração mais acentuada para 80 milhões de euros.


Sines continua a impulsionar Refinação

 

A área de refinação e distribuição foi suportada pela entrada em funcionamento de mais uma unidade de refinação. A margem de refinação aumentou 59,6% para 2,7 dólares por barril.

 

A produção média de petróleo sob o regime "working interest" diminuiu 2,9% para 23,5 milhões de barris de petróleo equivalente por dia. Já a produção "net entitlement", que tem 58% do seu volume no Brasil, aumentou 11,8% para 19,8 milhares de barris por dia.

 

Ainda assim, o contributo da área de Exploração e Produção (E&P) para o EBITDA caiu 5,7% para 176 milhões de euros. Na Refinação e Distribuição (R&M), o contributo cresceu 24,9% para 174 milhões de euros e, na área de Gás e Electricidade (G&P) aumentou 23,6% para 196 milhões.

 

(Notícia actualizada pela última vez às 8h50)

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