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Turismo conta bater meta de receitas três anos antes do previsto

Segurança, massificação, aeroporto e ferrovia são alguns dos desafios que o turismo alerta que devem ser discutidos na implementação da estratégia do setor para a próxima década. O Presidente da CTP pede ainda clarificação sobre o futuro da TAP.

João Cortesão
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2023 foi o ano de todos os recordes do turismo. Mas tendo em conta os números conhecidos até à data, relativos a agosto, o setor acredita que em 2024 as receitas devem atingir a meta de 27 mil milhões de euros estabelecida para 2027. A confirmação da antecipação em três anos do valor dos proveitos foi feita pelo presidente do Turismo de Portugal, Carlos Abade, durante a conferência "Estratégia de Turismo 2035: construir o turismo do futuro", em Lisboa.

O responsável lembrou que no ano passado a atividade turística gerou mais de 25 mil milhões de euros, um aumento de 18,5% face ao ano anterior, impulsionado pelo crescimento em valor e não pelo número de turistas, sublinhou. Uma estratégia que espera que continue a ser seguida estando a ouvir o setor para recolher os contributos necessários para elaborar os planos e metas para a próxima década. 

Este processo de discussão pública começou a ser feito esta segunda-feira em Lisboa e o objetivo do Turismo de Portugal é percorrer as sete regiões turísticas do país, por forma a contar com a maior participação possível das entidades públicas e privadas que queiram ter uma palavra a dizer na definição das prioridades para o setor. Até 11 de novembro vão ser organizadas conferências no Porto, Aveiro, Évora,Ponta Delgada, Funchal e Faro.

A sessão na capital contou a participação do presidente da Confederação do Turismo de Portugal (CTP), Francisco Calheiros, que além dos desafios que já tem vindo a apontar, como o novo aeroporto, investimento na ferrovia e captação de grandes eventos, aproveitou para falar na questão da segurança."Todos sabemos que neste momento há questões" relacionadas com esta temática, comentou. Calheiros considera que "começa a ser um problema" e alerta que "não podemos prejudicar a fama de sermos um destino seguro que fomos conquistando".

Francisco Calheiros considera que a TAP é essencial para o crescimento do setor. Por isso, considera que era importante haver uma clarificação sobre o futuro da companhia aérea. Lembrou que o Governo já tomou posse há seis meses e apesar de ter assumido que faz parte dos planos relançar a privatização, "continuamos sem saber em que moldes", ou seja, qual a percentagem que será alienada e se o Estado vai manter "golden share". "É importante saber em que mãos fica a TAP", reforçou.

Olhando para a próxima década, o presidente da CTP não tem dúvidas que a chave para o sucesso do setor é "continuar a fazer o que estamos a fazer bem há 10 anos". 

O tema da massificação do turismo também não passou ao lado no debate. Calheiros admitiu que este fenómeno é uma "realidade", por isso é importante o tema do combate à turistificação tem de integrar o documento a estratégia até 2035.

Por sua vez, Carla Salsinha, presidente da Entidade Regional de Turismo da região de Lisboa, destacou que os maiores ajuntamentos de turistas verificam-se em quatro zonas da cidade, apontando que tem de haver uma "gestão de fluxos". 



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