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Lucros dos CTT caem 38,1% para 5,4 milhões de euros no primeiro trimestre

Apesar da subida de mais de 14% nos rendimentos operacionais, os CTT fecharam o primeiro trimestre deste ano com um recuo de 38,1% nos lucros quando comparado com os primeiros três meses de 2021.

Os títulos dos CTT perderam fôlego no início do ano, após uma escalada de quase 100% em 2021 que levou a cotada a liderar os ganhos no PSI-20.
Bruno Colaço
05 de Maio de 2022 às 20:40
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Os CTT encerraram o primeiro trimestre com um resultado líquido de 5,4 milhões de euros, valor que traduz uma queda de 38,1% face aos 8,7 millhões registados em igual período do ano passado.

Em comunicado, enviado esta quinta-feira à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), o grupo indica que os rendimentos operacionais cresceram 14,7% para 234,7 milhões de euros.

Já o EBITDA (resultado antes de juros, impostos, depreciações e amortizações) caiu 24,1% para 22 milhões de euros entre janeito e março de 2022, um período que o grupo liderado por João Bento descreve como tendo sido "marcado por uma "desaceleração transitória do ‘e-commerce’ e condições económicas desafiantes".

A fatia de leão das receitas dos CTT foi gerada pelos correios, correspondendo a 133,5 milhões de euros, o que espelha um aumento de quase 23% face ao primeiro trimestre do ano passado. Segue-se o negócio do correio expresso e das encomendas, que caiu 3,3%, para 61,3 milhões de euros.

Já o Banco CTT contribuiu com 28 milhões de euros, traduzindo um crescimento anual homólogo de 32,5%. Por fim, os serviços financeiros e retalho geraram receitas de 11,9 milhões de euros, ou seja, 1,7% abaixo do apurado entre janeiro e março do ano passado.

Apesar da queda dos resultados líquidos, os primeiros três meses de 2022 ficaram marcados por um aumento dos gastos com pessoal que cresceram em 2,6 milhões de euros (+2,9%), essencialmente na área de negócio de correio e Outros, devido à aquisição da NewSpring Services, e no Banco CTT (+0,6 milhões de euros) por causa do aumento da atividade comercial e ao reforço das equipas no contexto da parceria com a Sonae Financial Services.

O grupo contava com 12.569 funcionários, ou seja, mais 473 ou mais 3,9% do que em 31 de março de 2021. 

Perspetivando o exercício de 2022, os CTT advertem que "os riscos identificados aquando do anúncio de resultados do exercício de 2021, no momento da divulgação do 'guidance', permanecem ativos" e que "o segundo trimestre do ano ainda será penalizado por fatores macroeconómicos, quando comparado com março de 2022". Não obstante, apesar do "ambiente difícil, que aumenta o risco de execução", o grupo diz continuar "comprometido em alcançar no exercício de 2022 um EBIT dentro do intervalo de 65 a 75 milhões de euros".





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