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Lucros do BNU caem 28% para 37,2 milhões de euros em 2022

"O decréscimo é sobretudo atribuído a imparidades durante o ano", indicou, em comunicado o banco, com sede em Macau e que pertence ao Grupo Caixa Geral de Depósitos.

Carlos Álvares é o CEO do BNU Inês Gomes Lourenço/Correio da Manhã
08 de Fevereiro de 2023 às 08:10
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O Banco Nacional Ultramarino (BNU) anunciou esta quarta-feira lucros de 322 milhões de patacas (37,2 milhões de euros) em 2022, menos 28% do que em 2021.

"O decréscimo é sobretudo atribuído a imparidades durante o ano. O lucro ajustado antes de imparidades e impostos aumentou 1,2% face a 2021, para 505,9 milhões de patacas [58,5 milhões de euros]", indicou, em comunicado o banco, com sede em Macau e que pertence ao Grupo Caixa Geral de Depósitos (CGD).

"A evolução dos resultados reflete melhorias contínuas na margem financeira", que cresceu 11% face a 2021, enquanto "os volumes de negócio de crédito concedido e de depósitos de clientes aumentaram 8,5% e 7%, respetivamente", pode ler-se na mesma nota.

Já as receitas líquidas de comissões diminuíram 26,7% em relação a 2021, "refletindo as crescentes incertezas na economia global e locais", assinalou a instituição, que, juntamente com o Banco da China, é banco emissor de moeda em Macau.

O BNU registou ainda uma perda líquida de 27,7 milhões de patacas (3,2 milhões de euros) com a alienação de investimentos financeiros, "devido principalmente ao aumento das taxas de juro globais e à revisão em baixa de risco de alguns ativos que afetou negativamente a avaliação dos investimentos".

O banco sublinhou ainda que continua a apresentar "um robusto rácio de solvabilidade de 20,65%, bastante acima do mínimo regulamentar de 8%" e que mantém "elevados níveis de liquidez".
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