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Lucros da Sonae crescem 33% até setembro mas energia come margens

O resultado líquido do grupo engordou 33% nos primeiros nove meses deste ano, mas regista-se um recuo homólogo de 4,2% no verão, com a margem de rentabilidade a ficar mais curta, enquanto a faturação cresceu no acumulado 10,4% para aproximadamente 5,5 mil milhões de euros.

Grupo liderado por Cláudia Azevedo vendeu a sua participação na SafetyPay, empresa que foi comprada pela Paysafe por 408,8 milhões de euros.
Paulo Duarte
09 de Novembro de 2022 às 19:51
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A Sonae obteve 92 milhões de euros de lucro no terceiro trimestre, uma quebra de 4,2% em termos homólogos, apesar das receitas do grupo terem crescido 15%, atingindo os 2.045 milhões de euros, indicou esta quarta-feira o grupo liderado por Cláudia Azevedo.

A empresa justifica a descida nos resultados líquidos no trimestre do verão com os "esforços para suportar os custos inflacionários e garantir a competitividade das ofertas" e ainda com a mais-valia obtida no terceiro trimestre do ano passado com a venda da Maxmat.

Os resultados antes de juros, impostos, depreciações e amortizações (EBITDA) cresceram 7,2% no trimestre, para 181 milhões de euros.

Em termos acumulados, a Sonae viu os lucros aumentarem 32,6%, ascendendo a 210 milhões de euros, e a faturação crescer 10,4%, para os 5.493 milhões de euros.

O EBITDA subjacente nos primeiros nove meses do ano totalizou 440 milhões de euros, uma subida de 6%.

Já a margem EBITDA subjacente encolheu de 9,5% para 8,9% no terceiro trimestre e diminuiu de 8,3% para 8% em termos acumulados.

Subida de custos "comeram" margem no verão

A CEO da Sonae destaca, na sua mensagem, que a empresa sofreu o impacto na rentabilidade decorrente dos "custos recorde de energia e transporte, pelos preços de abastecimento mais elevados" e ainda pelos "movimentos de migração para produtos de gama e preço inferiores (trading down)".

Cláudia Azevedo assinala, contudo, que no terceiro trimestre "todos os negócios aumentaram as suas quotas de mercado e a Sonae apresentou um sólido crescimento do volume de negócios".


A líder do grupo indica ainda que a Sonae continuará a ponderar crescer por várias vias. "Continuamos a estar bem preparados para reagir rapidamente à alteração das circunstâncias e aproveitar as oportunidades que possam surgir", escreve. 

Sonae MC sobem 16% no trimestre

A Sonae MC, que agrupa as áreas de retalho alimentar, saúde, belez e bem-estar e ainda os novos negócios de crescimento (Bagga, Note!, Zu, Washy e Home Story), faturou 1,6 mil milhões de euros no terceiro trimestre, o que traduz uma subida homóloga de 16%. Em termos comparáveis (Like for Like), as vendas cresceram 13,3%.

Nos primeiros nove meses do ano, a Sonae MC soma um volume de negócios de 4,3 mil milhões de euros, mais 10,6% do que um ano antes.

Apesar destes números, a empresa refere que a Sonae MC "continua a enfrentar fortes pressões na sua estrutura de custos", exemplificando com uma subida de cerca de 40 milhões de euros nos custos de energia nos primeiros nove meses do ano face a 2021. Este é, aliás, "o principal fator explicativo da queda da margem".

A Sonae MC investiu 61 milhões de euros no terceiro trimestre, período durante o qual abriu 16 novas lojas próprias. Entre janeiro e setembro o investimento ascende a 131 milhões de euros.

Calor ajudou vendas da Worten a subirem 10,6%

A Worten, de retalho de eletrónica, registou uma faturação de 315 milhões de euros no terceiro trimestre, o que traduz uma subida homóloga de 10,6%.

A Sonae destaca o contributo para este desempenho das "categorias de venda sazonais devido às temperaturas elevadas no verão".

Em termos acumulados, o volume de negócios atingiu os 836 milhões de euros, mais 4,2% do que um ano antes. A Sonae destaca que este crescimento se deveu à "evolução positiva dos dois últimos trimestres, que mais do que compensou o comparativo desafiante do 1T21".

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