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Lucros da Ramada aumentam 23% e empresa paga novo dividendo de 0,60 euros

A Ramada Investimentos e Indústria, a nova designação adotada pela F. Ramada SGPS desde junho de 2018, reportou lucros de 69,7 milhões de euros no ano passado, mais 23,1% do que no ano anterior.

“Dividend yield”: 17,8%. O ganho obtido com a venda da Base permitiu à F. Ramada aumentar os lucros de 2017 em mais de quatro vezes, levando a estreante no PSI-20 a multiplicar por oito o valor do dividendo, que sobe de 28 cêntimos para 2,23 euros por acção. O 'dividend yield' aumenta para uns imbatíveis 17,8%, o que dá ao dividendo da F. Ramada o estatuto de melhor da bolsa portuguesa. A empresa vai entregar 57,2 milhões de euros aos accionistas.
13 de Março de 2019 às 19:18
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A "nova" Ramada Investimentos e Indústria, que em 2018 substituiu a Novabase no PSI-20 e entrou no fabrico de arames de aço, registou no ano passado um resultado líquido consolidado (incluindo as operações descontinuadas) de 69,7 milhões de euros, o que correspondeu a uma subida de 23,1% face aos 56,6 milhões de 2017.

 

A demonstração dos resultados de 2017 foi re-expressa de modo a segregar numa linha autónoma os resultados atribuíveis às unidades em descontinuação (subsidiárias que se dedicam à atividade de soluções de armazenagem), explica a empresa no comunicado das contas divulgado junto da CMVM.

 

As receitas totais ascenderam a 129,4 milhões de euros, um aumento de 61,6% face à faturação do ano precedente.

 

"Este crescimento é explicado pelo impacto da consolidação da participada Socitrel apenas em 2018", sublinha a companhia liderada por João Borges de Oliveira.

 

Os custos totais, excluindo amortizações, resultados financeiros e impostos sobre o rendimento, no montante de 110,59 milhões de euros, aumentaram 76,2% face a 2017.

 

Já o EBITDA (lucros antes de juros, impostos, depreciações e amortizações) atingiu 18,83 milhões de euros, superior em 8,6% ao ano anterior. A margem EBITDA ascendeu a 14,6% face a 16,7% registada em 2017.

 

O resultado operacional (EBIT), no montante de 13,58 milhões de euros, cresceu 14,5% em 2018 face aos 11,85 milhões reportados entre janeiro e dezembro do ano precedente.

 

Por seu lado, os resultados financeiros negativos, no montante de 1,57 milhões de euros, diminuíram 3,9% face a 2017.

Dividendo cai 21,5% para 1,75 euros 

O conselho de administração irá propor à Assembleia Geral de Acionistas a distribuição de um dividendo de 0,60 euros por ação.

 

É de realçar que já foi pago, em dezembro passado, um dividendo de 1,15 euros ilíquidos por ação como adiantamento por conta dos resultados de 2018.

 

Com o pagamento antecipado em dezembro e com os 0,6 euros agora anunciados, o dividendo total relativo ao exercício de 2018 ascenderá a 1,75 euros por ação, explica a empresa.

O total a distribuir será assim de 44,84 milhões de euros, o que representa um payout de 64%.

Tendo em conta apenas o dividendo que ainda vai ser distribuído (60 cêntimos por ação), a rendibilidade é de 7,79%.

 

A remuneração acionista paga em 2018, por conta dos resultados de 2017, foi de 2,23 euros, pelo que os 1,75 euros brutos propostos para 2018 representam um corte de 21,5% nos dividendos. Em 2017 a Ramada gerou mais-valias com a venda de ativos, o que levou a empresa a elevar o valor do dividendo para 2,23 euros por ação.

2018 foi também um ano em que uma operação de venda de subsidiárias insuflou os resultados da empresa. A empresa vendeu a totalidade do capital da Ramada Storax e das suas subsidiárias em França, no Reino Unido, Bélgica e Espanha que suportavam a rede internacional de distribuição. Os ganhos com esta operação, aprovada em Maio pela Autoridade da Concorrência e que significou o abandono da atividade de soluções de armazenagem, ascenderam a 59 milhões de euros.

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