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Lucros da Corticeira Amorim crescem 9,3% para os 18,8 milhões

Os lucros da Corticeira Amorim aumentaram no arranque do ano, após a queda que registaram em 2017. No entanto, as aquisições feitas recentemente aumentaram o endividamento.

Todos os analistas que seguem a empresa de cortiça recomendam manter as acções em carteira. Apesar de nenhuma recomendação ser de comprar, o potencial de valorização é elevado (22%), tendo em conta o preço-alvo médio de 12,03 euros.
Jorge Miguel Gonçalves/Sábado
14 de Maio de 2018 às 07:48
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Os lucros da cotada portuguesa aumentaram 9,3% no primeiro trimestre. No total, a Corticeira Amorim lucrou 18,8 milhões de euros em três meses, acima dos 17,2 milhões de euros registados no ano passado. Os resultados foram comunicados esta segunda-feira à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM). Em 2017, no total do ano, os lucros caíram 29%.

Segundo a empresa, "o primeiro trimestre de 2017 foi o mais forte em termos de vendas, sendo o que mais dias úteis de trabalho teve em 2017", o que torna o resultado deste trimestre ainda mais positivo para a empresa. As vendas atingiram os 185,4 milhões de euros, mais 8% face ao mesmo período do ano passado.

Contudo, a Corticeira Amorim diz que, excluindo factores temporários, as vendas aumentaram menos: 1,7%. Em causa está, por exemplo, o aumento do perímetro da empresa com a inclusão das recentes aquisições. A contribuir negativamente esteve a desvalorização do dólar.

Entre as subidas de vendas destacam-se as unidades de negócio das rolhas e das matérias-primas.

A empresa revela ainda que "o EBITDA evoluiu favoravelmente, tendo-se fixado nos 36,8 milhões de euros, um aumento de 9,8% relativamente ao primeiro trimestre de 2017", referindo que o rácio do EBITDA sobre as vendas melhorou de 19,5% para 19,9%.

"Num contexto de maior pressão sobre a margem bruta, este crescimento explica-se essencialmente pelo aumento da eficiência operacional, pelo controlo rigoroso dos custos e pela redução das imparidades", explica a Corticeira Amorim.

Neste período o endividamento médio aumentou, "essencialmente devido às mais recentes aquisições Bourassé, Sodiliège e Elfverson". A dívida remunerada líquida aumentou 74,2% para 85,9 milhões de euros, o que compara com os 11,7 milhões de euros registados no período homólogo.

As acções da cotada fecharam na última sessão de sexta-feira a valorizar 0,71% para os 11,36 euros.
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