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Lucros da Amazon triplicam até março

A Amazon faturou mais 13% do que no mesmo período do ano passado. O segmento de "cloud" ajuda a explicar os resultados.

Reuters
01 de Maio de 2024 às 11:15
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A Amazon apresentou esta terça-feira uma faturação e um lucro no primeiro trimestre acima das expectativas dos investidores. No primeiro caso, as vendas subiram 13% face ao mesmo período do ano passado, para 143,3 mil milhões de dólares, enquanto no resultado líquido atingiu os 10,4 mil milhões, o triplo do que tinha sido registado um ano antes.

Na base do seu desempenho está o segmento da nuvem ('cloud'), que está a capitalizar o apetite dos investidores pelos serviços de informática à distância e pela inteligência artificial (IA). "A determinação das empresas na modernização das suas infraestruturas [informáticas] e na atração dos serviços de IA da AWS [Amazon Web Services] reaceleram a taxa de crescimento" da filial da nuvem, declarou Andy Jassy, o diretor da Amazon, citado no comunicado de divulgação dos resultados.

Acrescentou que a plataforma de venda também tinha contribuído para os desempenhos do grupo durante os primeiros três meses do ano, graças, na sua opinião, "aos preços baixos" e às "velocidades de entrega".

A principal atividade da Amazon, o comércio eletrónico, "reencontrou a forma no final do ano 2023", apontou Blake Droesch, da Emarketer. "A empresa continua a colher os benefícios da sua estratégia de regionalização dos centros de tratamento das encomendas, com as entregas sempre mais rápidas, o que encanta os clientes". Para o analista, "isto permite continuar concorrencial face às novas ameaças que representam a Temu e a Shein", as plataformas chinesas de preços baixos.

O grupo de Seattle acaba de anunciar que as suas velocidades de entrega aumentaram no início do ano. "Em março, cerca de 60% das encomendas recebidas via Prime [assinatura paga dos serviços da Amazon] chegaram no próprio dia ou no dia seguinte nas 60 maiores cidades os EUA", indicou a Amazon, no seu comunicado de hoje.

Mas os investidores saudaram sobretudo o crescimento da 'cloud', que representa o essencial dos lucros do conglomerado, e que a nova vaga de IA está em vias de alterar.

No primeiro trimestre, o AWS, o ramo de informática à distância da Amazon, obteve 25 mil milhões de dólares de lucro, com um crescimento de 17%, dos quais 9,4 mil milhões de dólares de resultados operacionais, indicador-chave de rentabilidade.

A aceleração do crescimento da AWS agradou a Wall Street, que não esperava tanto. A ação Amazon valorizava mais de dois por cento depois do fecho das operações.
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