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Lucro da Fosun cai para metade no primeiro semestre

Gigante chinesa que tem participações no BCP, Fidelidade, REN e Luz Saúde vendeu ativos no valor de 2,5 mil milhões de euros.

Guo Guangchang – que já foi apelidado de “Warren Buffet da China” – fundou o grupo Fosun, do qual é “chairman”.
Rafael Marchante/Reuters
30 de Agosto de 2023 às 18:46
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A Fosun registou no primeiro semestre de 2023 um lucro de 1,36 mil milhões de renmimbi (aproximadamente 170 milhões de euros à taxa de câmbio atual), que representa uma queda para cerca de metade face aos 2,7 mil milhões de renmimbi comunicados em junho de 2022 (cerca de 340 milhões de euros).

A companhia explica a evolução do resultado líquido atribuível aos acionistas com o "decréscimo de ganhos" ligados "à alienação de investimentos financeiros".

A gigante chinesa que em Portugal tem participações no BCP, Fidelidade, REN e Luz Saúde teve receitas de 97 mil milhões de renmimbi (cerca de 12,2 mil milhões de euros no câmbio de hoje). O valor representa um aumento de 10,9% face a junho de 2022.

O lucro da operação industrial atingiu aproximadamente 400 milhões de euros, numa evolução de 5,5%. Expurgados os resultados de operações industriais descontinuadas, o crescimento foi de 66%.

O grupo escreve que na primeira metade do ano focou-se nos negócios "core", que giram em torno do consumo das famílias e menciona a atividade seguradora em Portugal como fazendo parte desse esforço. As quatro subsidiárias Yuyuan, Fosun Pharma, Fosun Insurance Portugal e Fosun Tourism Group "continuaram a melhorar os seus produtos e serviços, tendo obtido uma receita total de 70,76 mil milhões de renmimbi (cerca de 8,9 mil milhões de euros), que representa um crescimento de 12,4% face ao período homólogo.

O resultado foi ajudado pela "recuperação do consumo e o abrandamento de restrições nas viagens", o que promoveu atividades como o turismo.

Em outubro de 2022 a Fosun esteve debaixo dos holofotes depois de anunciar a intenção de vender ativos no valor de 11 mil milhões de euros para reforçar o balanço e promover a confiança dos investidores.

Agora, a companhia confirma que durante o primeiro semestre acelerou a alienação de ativos "não-core", o que resultou na entrada em caixa de 20 mil milhões de renmimbi (cerca de 2,5 mil milhões de euros) e sublinha que "a otimização de ativos é crítica para uma nova ronda de oportunidades de desenvolvimento".
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