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Lisgráfica agrava perdas no primeiro trimestre

A Lisgráfica agravou em 33% os prejuízos, entre Janeiro e Março, que ascenderam a 489 mil euros. Também os proveitos correntes e o EBITDA diminuíram.

30 de Maio de 2018 às 17:59
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A Lisgráfica reportou perdas de 489 mil euros no primeiro trimestre, um agravamento de 33% face aos prejuízos de 368 mil euros no mesmo período do ano passado, informou a empresa no seu relatório e contas divulgado junto da CMVM.

 

No entanto, sublinha a empresa liderada por Luciano Patrão, "se expurgarmos os efeitos do PER [Processo Especial de Revitalização], comparativamente com o trimestre homólogo, o resultado líquido consolidado é negativo em cerca de 108 milhares de euros".

 

Por seu lado, o total dos proveitos correntes (vendas + outros proveitos operacionais) ascendeu a 4,08 milhões de euros, uma queda de 5,3% face aos 4,31 milhões registados um ano antes.

 

"No primeiro trimestre de 2018, as vendas de produtos situaram-se abaixo do exercício anterior, devido a redução do valor dos trabalhos relativos a edições periódicas, em especial revistas semanais", salienta o relatório e contas.

 

A actividade do grupo "é marcada pela redução do número de cadernos impressos (redução de tiragem e número de páginas) em consequência do decréscimo no investimento publicitário nos media", acrescenta.

 

Quanto ao EBITDA (lucros antes de juros, impostos, depreciações e amortizações), foi de 276 mil euros, menos 38,8% do que os 451 mil euros reportados entre Janeiro e Março do ano passado.

 

Relativamente às perspectivas para 2018, no sector de actividade onde a Lisgráfica se enquadra "os constrangimentos continuarão a ser evidentes, uma vez que a dependência face ao comportamento do investimento publicitário e índices de leitura é elevada, e as recentes estimativas apontam para um ligeiro decréscimo ainda em 2018 e em especial na imprensa".

 

"Este facto vai continuar a condicionar este sector com uma redução continuada nas tiragens e número de páginas. No entanto, algumas das grandes marcas de consumo cujo suporte de comunicação é o papel (catálogos e folhetos) devem continuar a registar a ligeira recuperação iniciada nos anos anteriores", refere a empresa.

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