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Lehman e Goldman sobem preços-alvo para a PT
A Lehman Brothers e a Goldman Sachs reviram em alta as suas avaliações para os títulos da Portugal Telecom, para 8,70 e 12 euros, respectivamente, depois dos resultados semestrais apresentados ontem pela operadora.
A Lehman Brothers e a Goldman Sachs reviram em alta as suas avaliações para os títulos da Portugal Telecom, para 8,70 e 12 euros, respectivamente, depois dos resultados semestrais apresentados ontem pela operadora.
A Portugal Telecom terminou o primeiro semestre com resultados líquidos de 429,1 milhões de euros, mais 6,9% que os 401,5 milhões registados no primeiro semestre de 2006.
A avaliação da Goldman Sachs passou de 11,50 para 12 euros por acção, o que confere à operadora um potencial de subida de 18,7% (face à cotação actual de 10,11 euros), levando o banco a manter a PT na lista de acções de "convicção de compra".
Para a Lehman a "conference call" com analistas realizada ontem "confirmou a visão inicial dos resultados do grupo, que foram em linha com as nossas expectativas mais altas, entre 2-4% acima do consenso". Os resultados da PT superaram as previsões da Goldman Sachs em 5%.
O facto da Portugal Telecom ter aumentado as previsões para o EBITDA no final do ano em 5% e as receitas registadas pela Vivo levaram o analista Christian Kern, da Lehman Brothers a subir a avaliação da operadora nacional.
A Lehman reitera a recomendação de "underweight" devido ao "difícil ambiente doméstico e ao prémio superior a 20% a que transacciona face às congéneres" apesar de admitir "o suporte técnico para a PT proveniente do programa de recompra de acções e o potencial de consolidação".
O novo preço-alvo da Lehman de 8,70 euros confere um potencial de desvalorização de 14% aos títulos da PT face à cotação de fecho de ontem.
"Spin off" da PTM é o principal risco para a PT
As duas casas de investimento apontam como principal risco para a Portugal Telecom o aumento da concorrência, após o "spin off" da PT Multimédia, previsto para o último trimestre do ano.
A Lehman Brothers afirma que a cisão "deverá resultar no aumento da concorrência interna" e destaca ainda como factores de risco "a obrigação da PT de ter uma oferta exclusiva de banda larga", bem como a atribuição de "uma quarta licença móvel em Portugal".
A Goldman Sachs, além da questão concorrencial, aponta ainda a "significativa exposição da PT a mercados emergentes, essencialmente através da Vivo no Brasil, mas também em várias pequenas operadoras em África".
As acções da PT seguem inalteradas nos 10,12 euros.