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La Caixa já detém 25% do BPI
O La Caixa continua a reforçar a sua posição no Banco BPI. O banco catalão já tem 25,01% do capital da instituição que está a ser alvo de uma oferta pública de aquisição (OPA), por parte do BCP.
O La Caixa continua a reforçar a sua posição no Banco BPI. O banco catalão já tem 25,01% do capital da instituição que está a ser alvo de uma oferta pública de aquisição (OPA), por parte do BCP.
Como revelou ao "Diário de Notícias" o director-geral da La Caixa Holding, Marcelino Armenter, à saída da assembleia geral do BPI, na passada sexta-feira. Com este reforço, o núcleo duro do BPI composto pelos seus três accionistas estrangeiros - La Caixa, Itaú e Allianz - já detém mais de metade do capital do banco, mais precisamente 51,3%.
O reforço da participação do La Caixa parece afastar, cada vez mais, qualquer hipótese de sucesso da OPA lançada pelo BCP. É certo que o accionista espanhol nunca explicou o sentido deste reforço. No entanto, as suas poucas declarações vão sempre no sentido do apoio à estratégia defendida pela administração, de oposição à operação.
"O grupo La Caixa não tem mais nada a dizer, além do que foi dito pelo presidente do grupo BPI", afirmou à saída da reunião de sexta-feira Marcelino Armenter, um dos poucos comentários obtidos junto dos accionistas de referência do BPI.
Já os representantes dos outros dois accionistas estrangeiros, Itaú e Allianz, preferiram não fazer quaisquer declarações.
Mas para o representante de Otília Violas (a HVF, que possui uma posição de 2,85%), a decisão de vender na OPA poderá ser uma questão de preço. "Se o preço da oferta subir para um valor que seja um disparate manter a posição, tudo tem limites, como é lógico", afirmou Edgar Alves Ferreira, em nome da HVF. Para este responsável, "uma participação numa empresa não é uma jóia de família. Mesmo que tenha sido herdada".
Para este representante de Otília Violas, esta accionista está com o núcleo duro enquanto o preço o justifica. "Mas não há fracções de posições. Ainda que sejamos totalmente independentes, há um sentido estratégico da posição dos vários accionistas que têm vindo a acompanhar o BPI desde a sua nascença", acrescentou.