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Júri recomenda Cofina/Lecta para Portucel

O júri do concurso efectuou ontem audiências prévias com os dois candidatos à Portucel para apresentação de um projecto de relatório. Este projecto recomenda que a Cofina/Lecta vença a privatização da papeleira portuguesa.

23 de Setembro de 2003 às 07:36
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O júri do concurso efectuou ontem audiências prévias com os dois candidatos à Portucel para apresentação de um projecto de relatório. Este projecto recomenda que a Cofina/Lecta vença a privatização da papeleira portuguesa.

Ao que o Negocios.pt apurou, o projecto de relatório – a versão final do documento só será redigida hoje e entregue ao Governo amanhã – não efectua qualquer hierarquização das propostas, mas recomenda a vitória do consórcio constituído pela Cofina (proprietária do Negocios.pt e do Jornal de Negócios) e pela Lecta.

Contactada pelo Jornal de Negócios, fonte oficial da M-Real confirmou que, durante a reunião que manteve ontem com o júri, presidido pelo inspector-geral de Finanças, foi adiantado que, «por se considerar que a proposta não estaria de acordo com os interesses da Portucel, a M-Real seria excluída».

Ao abrigo das regras definidas no caderno de encargos da privatização, também a Portucel SGPS, que detém uma participação de 55,72% na Portucel SA [PTCL] , efectuou, há uma semana, a sua sugestão de ordenação das propostas, tendo preferido a oferta apresentada pela Cofina [cofi]/Lecta.

M-Real formalizou reclamação. Ainda ontem, durante a audiência com o júri do concurso, a M-Real, que já dá como adquirido o seu afastamento da privatização, formalizou a apresentação de uma reclamação.

As queixas do grupo finlandês prendem-se com o facto de, no projecto de relatório do júri, não ser feita qualquer referência ao papel da Portucel SGPS no negócio acordado com a Cofina/Lecta.

Segundo acrescentou ao Jornal de Negócios fonte oficial da M-Real, «do relatório, deveria constar a intervenção da Portucel SGPS, sem a qual o negócio não seria feito».

No âmbito das negociações entre o júri e a Cofina/Lecta ficou acordado que a Portucel SA ficaria com 50% do capital da Lecta , sendo que a Portucel SGPS assumiria a outra metade.

A Portucel SA fica ainda com a gestão da Lecta e com uma opção de compra dos 50% da Portucel SGPS, que poderá exercer num período de quatro anos. Este modelo foi utilizado para evitar eventuais conflitos com os restantes accionistas da Portucel SA, nomeadamente com a Sonae [son].

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