Outro factor que anima os analistas é o facto da EDP poder estar envolvida num movimento de consolidação. A casa de investimento fez uma análise para a compra de uma empresa com dívida (leveraged buy out) e concluiu que a taxa interna de rentabilidade no espaço de cinco anos poderia ser de 19%, valor que seria cerca de três vezes superior ao custo da dívida.

«Posto de outra forma, a compra da EDP a 3,55 euros por acção deverá permitir ao comprador aumentar em 2,4 vezes o investimento inicial no espaço de cinco anos», dizem os analistas.

Esta situação torna a EDP «demasiado atractiva para ser esquecida», mas a JP Morgan reconhece que o governo português dificilmente abrirá mão da eléctrica para qualquer empresa. Neste cenário, quem surge melhor posicionado é a Iberdrola, que já tem 5,7% da EDP e que, na opinião da casa de investimento, tem ligações ao governo que fazem com «que não seja impossível uma integração com a EDP».

Os analistas dizem que veriam «com entusiasmo uma ligação da EDP com a Iberdrola» mas adiantam que uma proposta não deverá surgir antes do último trimestre do ano, «devido ao envolvimento da Iberdrola na oferta da Gas Natural sobre a Endesa».

As acções da EDP subiam 0,62% para 3,27 euros.