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José Penedos pede uma auditoria externa à REN e reitera inocência
O presidente da REN, José Penedos, foi esta tarde constituído arguido no âmbito das investigações levadas a cabo na operação "Face Oculta". O responsável diz-se "absolutamente tranquilo" e solicitou uma auditoria externa para que as relações entre a REN e a empresa de Manuel Godinho sejam analisadas.
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Num comunicado emitido para a Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), a REN confirma que José Penedos “foi constituído arguido e, conforme decorre do regime legal aplicável, prestou termo de identidade e residência no âmbito de processo de inquérito conduzido pelos serviços do Ministério Público da Comarca do Baixo Vouga, Aveiro”.
No comunicado emitido ao final do dia, a REN reitera que a empresa “não está a ser objecto de investigação criminal” e que numa reunião ocorrida na última sexta-feira, José Penedos “declarou encontrar-se absolutamente tranquilo quanto ao facto de não ter praticado qualquer acto ilícito ou meramente irregular no exercício das funções que desempenha na REN, manifestando-se disponível para colaborar com as autoridades judiciárias e confiante no rápido apuramento da verdade”.
Por “iniciativa do presidente” a REN pediu “que a Comissão de Auditoria promova a realização de uma auditoria externa independente a todos os actos praticados no contexto das relações contratuais estabelecidas entre a REN e a empresa adjudicatária dos trabalhos de gestão de resíduos sobre a qual as autoridades judiciárias solicitaram à REN a prestação de informações”, acrescenta a mesma fonte.
“O objecto da referida auditoria implica um escrutínio completo dos procedimentos internos e respectiva execução que não se restringe ao âmbito da investigação judiciária em causa”, adianta a empresa.
“Embora se encontre ainda a decorrer o processo de auditoria, a REN não identificou internamente quaisquer factos que revelem a violação pela empresa ou pelos seus dirigentes de procedimentos internos ou normas legais aplicáveis neste âmbito, aguardando-se serenamente a conclusão das investigações judiciais em curso”, conclui.