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José Furtado renuncia à presidência das Águas de Portugal

José Furtado renuncia ao cargo a sensivelmente um ano do termo do mandato. Segundo o Ministério do Ambiente e Energia, o gestor "invocou o desejo de abraçar outros desafios profissionais".

Miguel Baltazar
09 de Maio de 2024 às 18:48
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José Furtado apresentou a demissão da presidência da Águas de Portugal (AdP) ao Governo, que já aceitou a renúncia, invocando "o desejo de abraçar outros desafios profissionais".

A saída do cargo, que acontece a sensivelmente um ano do termo do mandato, foi avançada, esta quinta-feira, pelo Eco e confirmada pelo Ministério do Ambiente e da Energia que explica, em comunicado, que, após a tomada de posse do novo Governo, o gestor solicitou uma reunião à nova ministra da tutela, Maria da Graça Carvalho, que teve lugar a 12 de abril, na qual colocou o seu lugar à disposição.

No encontro, José Furtado, que assumiu os comandos da AdP em abril de 2020, "invocou o desejo de abraçar outros desafios profissionais".

A ministra aceitou o pedido, "compreendendo as razões apresentadas", tendo sido acordado que o processo de transição seria feito dentro de um quadro de normalidade", indica o Governo, detalhando que, no dia seguinte, a 13 de abril, o gestor enviou uma carta a confirmar o pedido de renúncia, "posteriormente formalizado nos termos legais".

Na mesma nota, enviada às redações, o Ministério do Ambiente e Energia "agradece os serviços prestados" por José Furtado à frente da Águas de Portugal e diz que "espera poder continuar a contar com o seu contributo noutras funções públicas".

José Furtado, de 64 anos, tem uma extensa carreira como gestor de empresas. Chegou a presidente da AdP em maio de 2020, depois de sete anos a desempenhar as funções de administrador executivo do Banco Comercial de Investimentos de Moçambique, do grupo Caixa Geral de Depósitos, do qual é, aliás, quadro.

A saída de José Furtado acontece numa altura em que a Águas de Portugal está no centro de uma polémica após ter distribuído dividendos referentes ao ano passado e agora ter pedido aos acionistas - Parpública e Caixa Geral de Depósitos - um aumento de capital de 100 milhões de euros. A proposta acabou, no entanto, por não ser discutida na assembleia-geral de acionistas que decorreu na quarta-feira. 

Fundado em 1993, o grupo AdP é constituído por 19 empresas, sendo 13 das quais entidades gestoras de sistemas de abastecimento de água e de tratamento de águas residuais. O Estado controla a totalidade do capital através da Parpública, que detém uma participação de 81% e da Caixa Geral de Depósitos, que é titular dos restantes 19%.


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