O investidor Joe Berardo afirmou que o Benfica deveria associar-se a uma instituição financeira para promover a criação do "Banco Benfica". O empresário diz que não se admiraria que Joaquim Oliveira avançasse com uma OPA concorrente à sua por causa dos direitos de transmissão dos jogos.

O empresário, através da Metalgest, lançou na semana passada uma oferta pública de aquisição (OPA) sobre a SAD do Benfica [SLBEN].

No programa "Negócios da Semana" na SIC Notícias, Joe Berado sugeriu que o Benfica deveria associar-se a uma instituição financeira para promover a criação de um banco, o "Banco Benfica".

Para concretizar este projecto, o empresário diz que o Benfica deveria avançar com um aumento de capital para financiar a sua parte na quota, enquanto uma outra instituição financeira entraria com o resto do capital.

"Este banco iria realizar mais-valias e o Benfica enquanto accionista receberia parte dos lucros", afirmou em declarações ao programa "Negócios da Semana".

Reiterou ainda a sua intenção de criar um fundo de jogadores com um capital de 50 a 100 milhões de euros, uma notícia avançava pelo Jornal de Negócios. Segundo o "patrão" do grupo Metalgest, o objectivo deste fundo "é a compra e venda de jogadores".

Questionado sobre se acha que Joaquim Oliveira ira vender a sua posição de mais de 4% no capital do Benfica, avança que "não me admiro nada que Joaquim Oliveira fizesse uma OPA a um preço maior".

Isto porque, segundo Berardo "é muito importante para a Olivedesportos a manter o controlo dos direitos desportivos" dos clubes de futebol. "Sou amigo pessoal de Joaquim Oliveira, mas ele vai ter que rever esta situação", explica.

Desvendou ainda que o Banif de Horácio Roque está a assessorar a OPA que lançou sobre o Benfica, mediante o pagamento de um "fee" ou de uma comissão.