Em conferência de imprensa, confirmou que a empresa está a passar dificuldades financeiras e que tem em atraso dois meses de salários aos seus funcionários. No entanto, “estou a encontrar soluções para estes problemas”.

Ao contrário do que o Negócios noticiou, João Lagos continua a controlar a maioria do capital da João Lagos Sports, tendo o BES apenas 19,5% da empresa. O empresário negou também que o banco tenha convertido a sua dívida em crédito.

Ainda em relação à sua situação financeira, João Lagos confirmou que tem as dívidas ao Fisco regularizadas, tal como à empresa Hera (empresa de sistemas de vedação), que avançou na semana passada com um pedido de insolvência contra a João Lagos Sports.

Quanto à nomeação de Pedro Rebelo Pinto para administrador da João Lagos Sports, o responsável afirmou que o convite partiu de si e não do Banco Espírito Santo. Mas, no entanto, Pedro Rebelo Pinto, havia confirmado ao Negócios que havia sido convidado pelo BES não só para gerir a João Lagos Sports como outras empresas.

Ainda no âmbito da reestruturação, está prevista a criação “de empresas instrumentais que irão actuar noutras áreas que não as desportivas”, com vista a “emagrecer a estruturar da responsável do Estoril Open.

João Lagos explicou que Pedro Rebelo Pinto, caso aceite o seu convite, também irá contribuir na gestão destas empresas, que têm como denominador comum com a João Lagos Sports ter como accionista a “holding” pessoal de João Lagos. No entanto, também serão participadas por outras entidades que o empresário não quis referir.

A João Lagos Sports é participada em mais de 50% pelo empresário, e pela FCR - Dinamização Turística e pelo BES PME Capital cada uma delas com 19,5%. O restante capital está disperso por pequenos investidores.