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João Rocha questiona BES sobre concurso de submarinos
Na AG do BES, além de questionar a relação do banco com a PT Multimedia, tal como o Canal de Negócios adiantou, João Rocha levantou ainda questões sobre o concurso de três submarinos para a Armada, segundo o «Público».
O empresário João Rocha, ex-presidente do Sporting, pediu explicações à administração na AG sugerindo que o BES estaria associado a um dos concorrentes - o grupo alemão GSC ( German Submarine Consortium) - e que essa associação envolveria também a Portugal Telecom (PT) e um familiar do primeiro-ministro, António Guterres, para venda de três submarinos à Armada portuguesa.
O BES será um dos bancos a integrar o consórcio, liderado pela Caixa Geral de Depósitos (CGD) que vai financiar o Estado, em regime de «leasing» na compra das embarcações.
Segundo o «Público», o empresário quis saber a ligação da empresa Escom Portugal (do Grupo BES e presidida por Luís Horta e Costa) com a Escom-Bahamas, sediada naquele paraíso fiscal.
A ligação entre esta última com a HFC (uma empresa de Moura Santos, cunhado de António Guterres) e, desta com a HFC Panamá, também com sede noutro paraíso fiscal.
A seguir questionou então a relação entre a HFC Panamá com o estaleiro alemão HDW que integra em posição importante, o consórcio alemão que disputa o concurso dos submarinos para a Armada.
Por fim, João Rocha interrogou a gestão do BES sobre qual o papel no meio disto de Miguel Horta e Costa, familiar de Luís Horta e Costa (presidente da Escom-Portugal) que representa o BES na administração da PT.
As acções do BES encerraram na sexta-feira nos 16,8 euros (3.368 escudos) a subir 1,51%.