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João Lagos: Pedidos de insolvência não colocam em risco Portugal Open

O organizador do Portugal Open em ténis garantiu esta quarta-feira que a realização da prova não está em risco, apesar dos pedidos de insolvência apresentados por credores da sua empresa no Tribunal do Comércio de Lisboa.

Mariline Alves
16 de Abril de 2014 às 14:24
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De acordo com o portal Citius, site do Ministério da Justiça que lista processos judiciais e editais de insolvência, pelo menos dois credores requereram a insolvência da João Lagos Sports -- Gestão de Eventos SA, empresa que organiza o Portugal Open.

 

Em declarações à agência Lusa, o director e organizador da prova, João Lagos, mostra-se tranquilo e diz que as acções judiciais não põem em risco o torneio, a começar pelo deste ano, que arranca a 26 de Abril, com o torneio de qualificação.

 

"Não estou preocupado com as insolvências, porque estou dentro de um Plano Especial de Revitalização (PER) e isso salvaguarda essas situações. Requeremos um PER, um mecanismo que o Estado criou para ajudar a salvar empresas, que demonstra e demonstrará que a empresa tem viabilidade e que vale a pena ser salva, ao contrário [do que pensa] quem mete insolvências contra nós. Se a empresa fechar, acabou e ninguém recebe nada", disse João Lagos.

 

Em Março, um antigo colaborador da empresa - João Froes da Veiga Frade - requereu a insolvência da João Lagos Sports, reclamando 30 mil euros. Na terça-feira foi distribuído para o Tribunal do Comércio de Lisboa um outro pedido, desta vez da empresa que montava as estruturas metálicas do Open há cerca de 20 anos, a Unidade de Estruturas Metálicas SA, que reclama 117.534 euros.

 

O edital que marca a adesão da João Lagos Sports a um PER - e que nomeia como administrador judicial provisório Artur Bruno Vicente - foi publicado também na terça-feira, listando como credor a empresa Silvestre Festas Tendas, que reclama 30 mil euros.

 

João Lagos explica que a Silvestre Festas -- Aluguer de Tendas Lda é um dos credores que apoia o plano de recuperação PER e reafirma que a continuidade do Open é precisamente um dos objectivos do próprio plano.

 

"Isto é para salvar as empresas, não para as enterrar. Nós estamos num Plano de Recuperação: para que haja condições para isso, é óbvio que é preciso fazer o Open. Para não fazer o Open, então mais vale tratar da insolvência e fechar a empresa", disse João Lagos, salientando que a edição deste ano, daqui a 10 dias, "será um grande sucesso".

 

João Lagos explicou que o PER visa "salvaguardar os direitos dos credores", criando condições "para que a empresa possa cumprir as suas obrigações [para com todos eles], porventura de uma maneira mais suave e compatível com o seu desenvolvimento e a sua continuidade".

 

O empresário escusou-se a quantificar o montante total de dívida da João Lagos Sports aos seus credores, mas admitiu que entre estes está também o Estado, através do Fisco e da Segurança Social.

 

O PER é um mecanismo ao qual também já aderiram outras entidades do desporto português, como o Boavista, o Vitória de Guimarães e o Vitória de Setúbal.

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