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Jerónimo Martins vai destinar até 40 milhões dos lucros à sua nova fundação

Valor máximo a canalizar para a nova fundação, recém-criada para "aumentar alcance das suas iniciativas de caráter social e de solidariedade" será atualizado anualmente com base na inflação, segundo a proposta a submeter aos acionistas do grupo que detém o Pingo Doce.

Miguel Baltazar
Diana do Mar dianamar@negocios.pt 22 de Março de 2024 às 18:01
O conselho de administração da Jerónimo Martins vai propor aos acionistas, na próxima assembleia-geral de 18 de abril, que parte dos lucros anuais do grupo sejam destinados à Fundação Jerónimo Martins recém-instituída para desenvolver iniciativas de caráter social e de solidariedade.

Em comunicado, enviado esta sexta-feira à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), relativamente à convocatória da AG, é proposta uma alteração dos estatutos da sociedade de forma a prever que "dos resultados líquidos do exercício ou das reservas distribuíveis, a Assembleia Geral poderá atribuir à Fundação Jerónimo Martins uma dotação anual, para a prossecução do seu objecto e fins, até ao valor de 40 milhões de euros".

Esse valor máximo, à luz das mexidas sugeridas, "será atualizado anualmente, a partir de 1 de Janeiro de 2025 de acordo com o índice de preços ao consumidor calculado e publicado pelo Instituto Nacional de Estatística no ano anterior", refere o documento.

A Jerónimo Martins, que opera em Portugal, na Polónia e na Colômbia, fechou 2023 com lucros de 756 milhões de euros, valor que traduz um aumento de 28,2% face a 2022, após ter registado, pela primeira vez, vendas acima de 30 mil milhões de euros.

Em comunicado às redações, a dona do Pingo Doce explica que a Fundação Jerónimo Martins, instituída a 19 de março, com uma dotação inicial de 40 milhões de euros, surge para "ampliar a escala e aumentar o alcance das suas iniciativas de carácter social e de solidariedade". 

"Esta fundação desenvolverá a sua missão junto dos colaboradores do grupo e respetivas famílias e, complementarmente, da comunidade em geral em especial em resposta a situações de vulnerabilidade socioeconómica. A sua atividade incidirá nas áreas da saúde e do bem-estar, da prevenção e erradicação da pobreza, da promoção da educação, do emprego e da formação profissional, da proteção na velhice e invalidez e do apoio à família, crianças e jovens", detalha.

"A constituição desta fundação e os termos do seu financiamento anual, se aprovada a referida proposta, traduzem uma lógica de partilha dos lucros com as partes interessadas para além dos acionistas", enfatiza o grupo liderado por Pedro Soares dos Santos, indicando que "seguir-se-á o necessário pedido de reconhecimento à presidência do Conselho de Ministros, que, uma vez concedido, permitirá à Fundação iniciar a sua atividade".

Segundo os estatutos da Fundação Jerónimo Martins, consultados pelo Negócios, o presidente do conselho de administração para o triénio 2024/2027 é João Nuno Magalhães, secretário da Jerónimo Martins. Margarida Manaia, diretora de recursos humanos, e Susana Correia de Campos, diretora de relações laborais do grupo, foram nomeadas vogais.

Já Pedro Soares dos Santos assume a presidência do conselho de curadores, órgão que conta com quatro vogais, incluindo Francisco Soares dos Santos,  irmão do presidente do conselho de administração, e Sara Miranda, diretora de comunicação e responsabilidade corporativas do grupo.
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