Notícia
Jerónimo Martins retira 16 produtos russos e bielorussos dos supermercados na Polónia
Contactada pela Lusa, fonte oficial da Jerónimo Martins, dona da Biedronka na Polónia, país que tem acolhido milhares de refugiados ucranianos, disse que, "até ao momento", a atividade da cadeia de supermercados "não foi afetada".
03 de Março de 2022 às 08:03
A Biedronka, a cadeia da Jerónimo Martins na Polónia, retirou de venda 16 produtos de origem russa e bielorussa, e desceu preços de cerca de 50 produtos de primeira necessidade em 43 lojas localizadas perto da fronteira com a Ucrânia.
Contactada pela Lusa, fonte oficial da Jerónimo Martins, dona da Biedronka na Polónia, país que tem acolhido milhares de refugiados ucranianos, disse que, "até ao momento", a atividade da cadeia de supermercados "não foi afetada".
Questionada sobre se registou alguma alteração nos hábitos de compra dos consumidores polacos, a mesma fonte adiantou que para já não.
"O que verificámos é uma grande mobilização dos nossos clientes para apoiar os cidadãos ucranianos através da compra para a doação de brinquedos, produtos de higiene e comida", adiantou a Jerónimo Martins.
Relativamente a medidas que estão a ser tomadas pela empresa, a mesma fonte adiantou que, no dia 25 de fevereiro, "a Biedronka anunciou um apoio financeiro não reembolsável de 1.000 zloty [cerca de 211 euros, à taxa de câmbio atual] aos seus quadros ucranianos, que apenas necessitam de submeter uma candidatura que foi preparada para ser muito simples".
Em 28 de fevereiro, "o primeiro dia destinado ao pagamento destes apoios, 600 colaboradores que já se tinham candidatado receberam este apoio (a Biedronka emprega cerca de 1.800 colaboradores ucranianos)", acrescentou a mesma fonte.
No mesmo dia, a Biedronka e a Fundação Biedronka "anunciaram o lançamento de um programa conjunto, com um investimento de 10 milhões de zloty [2,1 milhões de euros] para apoiar os ucranianos que chegam à Polónia para fugir da guerra".
A cadeia de supermercados polaca da Jerónimo Martins destinou cinco milhões de zloty (mais de um milhão de euros) "para distribuir alguns produtos básicos como alimentos -- sobretudo os que têm um prazo de validade alargado, como água, sopas instantâneas, carne enlatada, café, chá ou leite em pó para crianças - produtos de higiene pessoal e de limpeza".
Esta distribuição "é feita em parceria com instituições como a Cáritas Polska ou a Cruz Vermelha polaca, ficando o custo da logística também a cargo da Biedronka", referiu.
A Fundação Biedronka alocou outros cinco milhões de zloty "para apoiar refugiados, em cooperação com instituições de solidariedade que acompanham os ucranianos e conhecem as suas necessidades". Este programa "aplica-se a refugiados sem familiares ou contactos na Polónia". Uma das iniciativas será a distribuição de vales para compras.
"A Biedronka vai simplificar o processo de empregabilidade para cidadãos ucranianos para as suas lojas e centros de distribuição" e o grupo "irá assegurar apoio psicológico para colaboradores ucranianos", salientou fonte oficial do grupo dono do Pingo Doce. Além de Portugal e Polónia, a Jerónimo Martins está presente na Colômbia.
A Rússia lançou na madrugada de 24 de fevereiro uma ofensiva militar com três frentes na Ucrânia, com forças terrestres e bombardeamentos em várias cidades. As autoridades de Kiev contabilizaram, até ao momento, mais de 2.000 civis mortos, incluindo crianças, e, segundo a ONU, os ataques já provocaram mais de 100 mil deslocados e pelo menos 836 mil refugiados na Polónia, Hungria, Moldova e Roménia.
O Presidente russo, Vladimir Putin, justificou a "operação militar especial" na Ucrânia com a necessidade de desmilitarizar o país vizinho, afirmando ser a única maneira de a Rússia se defender e garantindo que a ofensiva durará o tempo necessário.
O ataque foi condenado pela generalidade da comunidade internacional, e a União Europeia e os Estados Unidos, entre outros, responderam com o envio de armas e munições para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas para isolar ainda mais Moscovo.
Contactada pela Lusa, fonte oficial da Jerónimo Martins, dona da Biedronka na Polónia, país que tem acolhido milhares de refugiados ucranianos, disse que, "até ao momento", a atividade da cadeia de supermercados "não foi afetada".
"O que verificámos é uma grande mobilização dos nossos clientes para apoiar os cidadãos ucranianos através da compra para a doação de brinquedos, produtos de higiene e comida", adiantou a Jerónimo Martins.
Relativamente a medidas que estão a ser tomadas pela empresa, a mesma fonte adiantou que, no dia 25 de fevereiro, "a Biedronka anunciou um apoio financeiro não reembolsável de 1.000 zloty [cerca de 211 euros, à taxa de câmbio atual] aos seus quadros ucranianos, que apenas necessitam de submeter uma candidatura que foi preparada para ser muito simples".
Em 28 de fevereiro, "o primeiro dia destinado ao pagamento destes apoios, 600 colaboradores que já se tinham candidatado receberam este apoio (a Biedronka emprega cerca de 1.800 colaboradores ucranianos)", acrescentou a mesma fonte.
No mesmo dia, a Biedronka e a Fundação Biedronka "anunciaram o lançamento de um programa conjunto, com um investimento de 10 milhões de zloty [2,1 milhões de euros] para apoiar os ucranianos que chegam à Polónia para fugir da guerra".
A cadeia de supermercados polaca da Jerónimo Martins destinou cinco milhões de zloty (mais de um milhão de euros) "para distribuir alguns produtos básicos como alimentos -- sobretudo os que têm um prazo de validade alargado, como água, sopas instantâneas, carne enlatada, café, chá ou leite em pó para crianças - produtos de higiene pessoal e de limpeza".
Esta distribuição "é feita em parceria com instituições como a Cáritas Polska ou a Cruz Vermelha polaca, ficando o custo da logística também a cargo da Biedronka", referiu.
A Fundação Biedronka alocou outros cinco milhões de zloty "para apoiar refugiados, em cooperação com instituições de solidariedade que acompanham os ucranianos e conhecem as suas necessidades". Este programa "aplica-se a refugiados sem familiares ou contactos na Polónia". Uma das iniciativas será a distribuição de vales para compras.
"A Biedronka vai simplificar o processo de empregabilidade para cidadãos ucranianos para as suas lojas e centros de distribuição" e o grupo "irá assegurar apoio psicológico para colaboradores ucranianos", salientou fonte oficial do grupo dono do Pingo Doce. Além de Portugal e Polónia, a Jerónimo Martins está presente na Colômbia.
A Rússia lançou na madrugada de 24 de fevereiro uma ofensiva militar com três frentes na Ucrânia, com forças terrestres e bombardeamentos em várias cidades. As autoridades de Kiev contabilizaram, até ao momento, mais de 2.000 civis mortos, incluindo crianças, e, segundo a ONU, os ataques já provocaram mais de 100 mil deslocados e pelo menos 836 mil refugiados na Polónia, Hungria, Moldova e Roménia.
O Presidente russo, Vladimir Putin, justificou a "operação militar especial" na Ucrânia com a necessidade de desmilitarizar o país vizinho, afirmando ser a única maneira de a Rússia se defender e garantindo que a ofensiva durará o tempo necessário.
O ataque foi condenado pela generalidade da comunidade internacional, e a União Europeia e os Estados Unidos, entre outros, responderam com o envio de armas e munições para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas para isolar ainda mais Moscovo.