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Jazztel Portugal prevê crescimento de receitas de 10% em 2003
A Jazztel Portugal prevê crescimento do volume de receitas de 10% em 2003, ano em que espera EBITDA positivo, com nova aposta comercial, disse Francisco Silva, administrador operacional da Jazztel Portugal.
«O nosso objectivo é aumentar em tráfego cerca de 10%, com um volume de receitas a crescer na mesma proporção», acrescentou a mesma fonte na apresentação das novas tarifas para 2003.
Após a reestruturação estar concluída em 2002, o grupo prevê «um crescimento moderado mas sustentado», o que é «claramente positivo numa situação de mercado difícil», defende a mesma fonte.
O montante global das receitas anuais da Jazztel ibérica será anunciado na próxima quarta-feira, dado que o grupo não pode antecipar. Nos primeiros nove meses de 2002, a Jazztel, com operações em Portugal e Espanha, facturou 52,2 milhões de euros, menos 7,8% face ao período homólogo do ano anterior.
O ano de 2003 não será de grande investimentos para a Jazztel Portugal. «Serão investimentos moderados», destacou José Luís Cardoso, assegurando que «as decisões de investimento serão tomadas em função das receitas que forem previstas».
Os resultados da empresa vão depender dos custos, variável influenciado pelos preços cobrados pela Portugal Telecom no aluguer nos circuitos.
A Jazztel defende que esses custos continuam a ser elevados, cerca de «40% acima das melhores práticas europeias», o que penaliza dos resultados dos novos operadores de mercado das telecomunicações fixas.
Em Dezembro de 2002, a Jazztel Portugal detinha 40 mil clientes, dos quais 60% pertenciam ao mercado empresarial.
«O nosso objectivo para 2003 é termos um EBITDA positivo durante todo o ano», disse recentemente a Jazztel num encontro com jornalistas.
Em termos de «break even» de EBITDA da operadora ibérica, o administrador financeiro, Gonçalo Soares, sublinhou que tal «nunca acontecerá antes do segundo trimestre de 2003».
O novo tarifário que entra em vigor em Março, segundo a Jazztel, permitirá poupanças às empresas nos custos de telecomunicações na ordem dos 30%.
Até Setembro, os prejuízos da Jazztel registaram uma quebra de 8,4% para os 41,4 milhões de euros.
As acções da Jazztel [JAZ SM] cotavam inalteradas nos 0,23 euros.