A Jazztel continua aberta a consolidações em Portugal, solução que, no sector das telecomunicações, ajudaria a rentabilizar o negócio que mantém margens reduzidas, disse Francisco Silva, administrador operacional da Jazztel Portugal.

«Continuam conversações sobre fusões e aí todos os cenários são possíveis», revelou Francisco Silva, à margem da apresentação de novas tarifas da empresa ibérica para 2003.

Este responsável acredita, no entanto, que uma aproximação entre os novos operadores de telecomunicações nacionais só será mais atentamente estudada quando estiverem concluídos os processos de reestruturação interna prosseguidos no sector.

«Já acreditei mais que essa solução aconteceria este ano», defendeu Francisco Silva, visto que a reestruturação dos principais concorrentes, ONI e Novis, estão a «ser mais lentas que o previsto».

A fusão entre as operações das empresas de telecomunicações em Portugal fazem sentido, entende o administrador operacional da empresa ibérica, mas «há espaço para operadores de nicho como nós», cujo mercado alvo são as pequenas e médias empresas.

A Jazztel procedeu à reestruturação das actividades em 2002 sendo detida por um fundo de investimento. No ano passado, a administração da Jazztel, em Espanha, admitiu conversações com a participada da France Télécom. Em Portugal, a France Télécom detém cerca de 43% do capital da Novis, do grupo SonaeCom [SNC].

As acções da Jazztel, em Madrid, cotavam inalteradas nos 0,23 euros.