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IPCG sem candidatos à liderança

A assembleia geral do Instituto Português de Corporate Governance (IPCG), que esta manhã se realizou, acabou por ser suspensa devido à ausência de candidatos para substituir o conselho geral liderado por Rui Vilar.

23 de Março de 2010 às 15:34
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Rui Vilar
A assembleia geral do Instituto Português de Corporate Governance (IPCG), que esta manhã se realizou, acabou por ser suspensa devido à ausência de candidatos para substituir o conselho geral liderado por Rui Vilar.


Quase dois meses da realização da anterior assembleia geral, que levou os actuais órgãos sociais – Rui Vilar na presidência do conselho geral, João Talone na direcção e António Borges, na presidência da mesa – a manifestarem a sua indisponibilidade em assumir mais um mandato, a AG de hoje ficou marcada pela ausência de qualquer lista para a eleição do próximo conselho geral, tendo apenas sido aprovadas as contas.

O instituto mantém-se ainda em gestão corrente até à próxima assembleia geral, que terá que ser marcada num prazo máximo de 60 dias.

Recorde-se que este “vazio” de poder instalou-se a 29 de Janeiro, com a não aprovação do Código de Corporate Governance, projecto de auto-regulação de governo das sociedades, que no último ano esteve a ser elaborado sob a alçada de Rui Vilar.

Em causa, estiveram divergências quando ao conteúdo do código. Um grupo de grandes cotadas - BCP, BES, Mota Engil, PT, Zon, EDP, REN, Luis Palha da Silva (CEO da Jerónimo Martins) e Vasco Mello (presidente da Brisa) pediu o adiamento da AG a dois dias da sua realização, o que não aconteceu. Pelo que, na véspera, a direcção do IPCG recebeu cartas dessas empresas "confirmando a avaliação negativa do documento e da metodologia, e a autodesvincularem-se" do instituto, explicou Talone.

Estas empresas contestaram, entre outros pontos, a amplitude do código e o teor de algumas normas consideradas excessivamente rigorosas e de difícil aplicabilidade no terreno. Uma posição que colidiu frontalmente com o entendimento dos órgãos sociais.

Na acta da AG de 29 de Janeiro, lê-se que António Borges encerrou os trabalhos salientando a sua “profunda desilusão pelo sucedido” o que, na sua opinião, “atrasa Portugal face aos demais países europeus por falta de um código emanado da sociedade civil”.

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