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Investigação à influência da Telefónica na Telecom Argentina vai continuar
A Comissão Nacional da Defesa da Concorrência da Argentina decidiu estender as investigações à Telecom Argentina por mais dois meses. Em Outubro passado o governo argentino colocou dois observadores nesta operadora de telecomunicações de modo a tentar per
A Comissão Nacional da Defesa da Concorrência da Argentina decidiu estender as investigações à Telecom Argentina por mais dois meses. Em Outubro passado o governo argentino colocou dois observadores nesta operadora de telecomunicações de modo a tentar perceber se a Telefónica de Argentina influenciava de alguma forma a sua rival.
A investigação surgiu porque o estado argentino concluiu que, através de uma "escada" de participações, o grupo Telefónica ficou em posição de influenciar a gestão da Telecom Argentina.
A Telefónica, com a aquisição de 10% Telecom Italia tornou-se na maior accionista individual da operadora italiana que, por sua vez, é dona de 50% da "joint-venture" Nortel Inversora, que detém 55% da Telecom Argentina. Com tudo isto "somado", o grupo espanhol acaba por ter uma posição indirecta de 2% na operadora argentina.
Apesar desta posição ser demasiado reduzida para que a Telefónica consiga ter um administrador na Telecom Argentina, e dos espanhóis já terem sublinhado que respeitam a independência dos seus rivais, esta "escada" de "holdings" entra em conflito com a Lei das Telecomunicações da Argentina que serviu de mote à liberalização do sector em 1990.
O primeiro passo desta liberalização foi a divisão do incumbente Entel em duas operadoras distintas – uma no Norte e outra no Sul da Argentina -, que agora são a Telecom Argentina e a Telefónica de Argentina, respectivamente, sendo que, segundo a Lei de 1990, nenhuma das operadoras pode ser accionista da outra.