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Instituições financeiras concedem mais 1,7% de crédito no primeiro trimestre
Os membros da Associação de Instituições de Crédito Especializado (ASFAC) concederam mais 1,7% de crédito no primeiro trimestre do que em igual período do ano passado. Os dados divulgados hoje revelam que o número de contratos celebrados diminuíram enquan
Os membros da Associação de Instituições de Crédito Especializado (ASFAC) concederam mais 1,7% de crédito no primeiro trimestre do que em igual período do ano passado. Os dados divulgados hoje revelam que o número de contratos celebrados diminuiu enquanto o valor médio dos contratos aumentou.
As associadas da ASFAC, que actualmente são 25 (mais seis membros aderentes), concederam cerca de 1,39 mil milhões de euros em créditos, o que representa um aumento de 1,7% face ao mesmo período de 2006 e uma queda de quase 15% face ao último trimestre do ano passado, um período marcado pelas compras de Natal.
A fatia maior dos empréstimos são créditos clássicos (que incluem crédito ao consumo de particulares e crédito a empresas). Estes contratos representam quase 50% do total dos empréstimos.
"O total de crédito clássico concedido cifrou-se, neste primeiro trimestre, em 689.080 milhares de euros, estando 91,9% deste valor destinado a particulares (crédito ao consumo) e 8,1% a empresas", de acordo com o comunicado da ASFAC.
Os créditos "stock" (fornecedores) representaram, no período em análise 35,6% do total. Estes últimos são financiamentos de bens em que a aquisição é efectuada por pessoa jurídica que tem como objectivo a revenda, explica a ASFAC.
Número de contratos diminui mas valor médio cresce 9,8%
Já o número de contratos celebrados de crédito clássico registou uma queda de 3% face ao período homólogo e de 18,7% face ao trimestre anterior, terminando Março com 139.493 contratos.
O valor médio dos contratos evoluiu em sentido contrário, registando-se um aumento de 9,8% no primeiro trimestre face aos primeiros três meses de 2006 e de 12,6% face ao último trimestre do ano passado. Em Março, o valor médio dos contratos celebrados foi de 4,9 mil euros, o que compara com os 4,5 mil euros verificados no primeiro trimestre de 2006.
O destino de financiamento principal destes contratos foram os meios de transporte, que representaram 71% do total dos crédito clássicos concedidos.
O presidente da ASFAC, António Menezes Rodrigues, explicou, no comunicado, que o abrandamento da concessão de crédito está relacionado com o "amadurecimento do mercado e com a conjuntura económica.
"Estes valores são muito impactados pela queda acentuada do crédito ‘revolving’ face ao período homólogo de 2006. É o reflexo de um amadurecimento do mercado e também da conjuntura económica que o país atravessa", de acordo com o responsável que é citado no comunicado.
O crédito "revolving" "caracteriza-se pela existência de planos flexíveis de amortização da dívida, bem como pela existência de um ‘plafond’ de crédito, que poderá estar ou não, totalmente utilizado (atribuído antes da aquisição do bem ou serviço)", como o caso dos cartões de crédito e abertura de crédito em conta corrente, explica a ASFAC.