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Infracções administrativas "graves" em empresa de segurança privada no Porto

O Departamento de Segurança Privada (DSP) da PSP detectou "infracções graves administrativas" numa empresa que realiza segurança privada em estabelecimentos de diversão nocturna na zona do Porto, disse fonte da direcção daquele serviço policial.

Correio da Manhã
Lusa 09 de Dezembro de 2015 às 19:01

As infracções, administrativas e não criminais foram detectadas pelo DSP "no seguimento de várias acções de fiscalização de estabelecimentos de diversão nocturna realizadas no Comando Metropolitano do Porto nos últimos dois meses, que permitiram sinalizar várias situações irregulares", lê-se num comunicado de imprensa desta quarta-feira, 9 de Dezembro.

 

O DSP explica que se a empresa de segurança privada que foi fiscalizada "continuar a prevaricar pode, num processo administrativo, perder o alvará". Isto porque a lei determina que se perde o alvará se "houver prática reiterada de infracções graves ou muito graves".

 

"Várias acções de fiscalização de estabelecimentos de diversão nocturna, realizadas no Comando Metropolitano do Porto nos últimos dois meses (...), permitiram sinalizar várias situações irregulares", refere.

 

Tais irregularidades levaram o DSP a efectuar uma acção de investigação administrativa que terminou com a fiscalização efectiva à sede de uma empresa de segurança privada.

 

Segundo o comunicado de imprensa da PSP, para além da "ausência de contratos de prestação de serviços de segurança privada alusivos a dois estabelecimentos de restauração e bebidas, os polícias detectaram inconformidade com a lei vigente em dez contratos de prestação de serviços de segurança privada em estabelecimentos comerciais".

 

A acção de fiscalização permitiu ainda apurar a falta de contratos de trabalho e da respectiva comunicação de admissão profissional entre a empresa e dezasseis seguranças privados, bem como a não-actualização dos registos de actividades e dos ficheiros individuais dos vigilantes afectos à empresa.

 

A Lusa tentou junto da PSP saber onde se localiza a sede da empresa de segurança privada que foi alvo de fiscalização, mas até ao momento não foi possível obter uma resposta.

 

A Lusa questionou a PSP também sobre se esta investigação, que culminou na semana transacta com a fiscalização à sede de uma empresa de segurança privada, estava relacionada com a Operação Fénix. A fonte do DSP referiu apenas que há outras empresas de segurança privada que procuram obter o nicho de mercado que a empresa visada na Operação Fénix tinha.

 

A 22 de Outubro deste ano, a PSP anunciava a detenção de três pessoas, no Porto, no âmbito da Operação Fénix, uma investigação relacionada com actividades ilícitas de empresas de segurança privada em estabelecimentos de diversão nocturna.

 

Segundo uma nota da direcção nacional da PSP, os três detidos, com idades entre os 29 e os 41 anos, estão indiciados pelos crimes de associação criminosa, extorsão, coacção e segurança privada ilegal.

 

No âmbito da Operação Fénix 15 pessoas foram detidas em Julho, 13 das quais ficaram, na altura, em prisão preventiva.

 

Na Operação Fénix estão em causas crimes de associação criminosa, exercício ilícito da actividade de segurança privada, detenção de arma proibida, extorsão agravada, de coacção, ofensas à integridade física qualificada e favorecimento pessoal.

 

Na altura, as instalações do FC Porto e a residência do vice-presidente do clube Antero Henrique foram alvo de buscas devido às suas ligações com uma empresa de segurança que presta serviços no FC Porto. 

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