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Indústria aeroespacial portuguesa invade o México

Para o México, rapidamente e em força. Agora chegou a vez de a indústria aeroespacial portuguesa atacar este novo “eldorado” latino-americano, com a participação na maior feira do sector neste país – a Aerospace Summit México.

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19 de Maio de 2016 às 13:10
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O México é o novo "eldorado" de muitas empresas portuguesas e tornou-se mesmo no principal mercado da Mota-Engil, que prevê facturar cerca de 500 milhões de euros este ano neste país.

Mais do que qualquer outro território da América Latina, incluindo o Brasil, o México tem sido o mercado mais procurado, neste subcontinente, por empresas portuguesas – cerca de 100 começaram a fazer negócios neste país só nos últimos dois anos.

Já consolidados no México, para além da Mota-Engil, estão grupos portugueses como a Controlar, a Neológica ou a Yap.

O grupo Controlar é especializado em sistemas de testes electrónicos para a indústria automóvel e, este ano, inaugurou o seu centro de recepção de exportações.

A Neológica é uma empresa de moldes que fornece há 17 anos a indústria automóvel mexicana, e o grupo YAP produz no México, desde 2004, os auto-rádios que equipam 20% dos carros da Volkswagen em todo o mundo.

A Controlar, a Neológica e a Yap são três das muitas empresas portuguesas que vão participar na Aerospace Summit México (www.mexicoaerospacesummit.com), em Setembro próximo, onde irão tentar encontrar novos clientes, ou parceiros, no "cluster" aeroespacial mexicano.

A decorrer na cidade de Querétaro, no dias 29 e 30 de Setembro, a Aerospace Summit é a grande feira mexicana deste sector, que está em crescimento acelerado.

"Uma óptima oportunidade"

Os negócios iniciados por tecnológicas nacionais nos últimos anos no México determinaram a decisão da Câmara de Comércio e Indústria Luso-Mexicana (CCILM) de levar este ano empresas do "cluster" aeronáutico e espacial português à Aerospace Summit México, uma iniciativa coordenada pelo Portugal Connect (www.portugalconnect.pt), projecto de promoção das empresas tecnológicas portuguesas no México.

"As empresas portuguesas que operam no sector aeroespacial têm provas dadas internacionalmente", afirma o secretário de Estado da Indústria João Vasconcelos, um apoiante desta iniciativa. "O desafio que se coloca a este sector no México representa uma óptima oportunidade para as empresas portuguesas", enfatiza o governante, num comunicado enviado ao Negócios pela CCILM (camaralusomexicana.org)

O embaixador do México em Portugal também incentiva no mesmo sentido: "As empresas e tecnologia de Portugal são reconhecidas, e desejadas, no nosso país. Haverá em Querétaro e noutras regiões do México muitas oportunidades de negócio para elas", garante Alfredo Pérez Bravo.

 

Conquistar negócios à boleia do Portugal 2020

A primeira reunião das empresas portuguesas que vão integrar a missão irá ocorrer no dia 1 de Junho, em Lisboa, na sede do Santander Totta, banco parceiro desta iniciativa.

"Em cima mesa vão estar as verbas europeias do Portugal 2020 que a AICEP gere e que são utilizadas nestas operações de conquista de novos mercados para a indústria portuguesa", refere a CCILM.

"A tecnologia portuguesa está muito cotada no México e, por isso, as empresas do nosso país podem aproveitar as oportunidades emergentes desta indústria em grande expansão", afirma Pedro Nuno Neto, coordenador do Portugal Connect.

O México é o hoje o quarto destino mundial do investimento industrial neste sector (a seguir à China, Índia e Estados Unidos) e o seu governo tem o projecto de, até 2020, atingir exportações no sector aeroespacial de 12 mil milhões de dólares (10,6 mil milhões de euros) e criar 110 mil novos postos de trabalho directo, 30% dos quais com qualificações superiores.

"O que esta missão do Portugal Connect vai oferecer é um acesso directo às unidades dos maiores fabricantes mundiais do sector aeroespacial instaladas no México", afirma Pedro Nuno Neto.

"Essas unidades necessitam de sustentar a sua produção com a oferta de soluções tecnológicas de grande valor, e, nessa matéria, as empresas portuguesas do sector aeronáutico e espacial são das mais competitivas que há no mundo. Têm tudo para conseguir entrar nessa fantástica cadeia de valor", assegura o mesmo responsável.

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