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Indecisão accionista pode afectar expansão da Galp

Há o risco da indecisão accionista ter impacto nos projectos de expansão e investimentos da Galp Energia, reconheceu hoje o presidente executivo da Galp Energia. António Marques Gonçalves, à margem do Fórum Brasil, explicou que para já não há nenhum inves

24 de Novembro de 2005 às 16:46
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Há o risco da indecisão accionista ter impacto nos projectos de expansão e investimentos da Galp Energia, reconheceu hoje o presidente executivo da Galp Energia. António Marques Gonçalves, à margem do Fórum Brasil, explicou que para já não há nenhum investimento ou projecto que esteja a ser travado por causa das divergências entre o Estado e o maior accionista privado a ENI.

No entanto, alerta, a Galp está preparar um plano estratégico detalhado onde está inscrito um investimento considerado fundamental pela administração de 500 milhões de euros no desenvolvimento da refinação. Esse plano terá de ser aprovado pelo conselho de administração nos próximos três meses e aí se verá se a indefinição accionista constitui um obstáculo ao crescimento da Galp, comentou.

O plano de investimento, que retoma um projecto da Galp da administração de Manuel Ferreira de Oliveira, assenta numa alteração do perfil dos processos concentrada na unidade de Sines e que passa pela instalação de uma unidade de "hidrocraking".

Esta alteração permitirá à Galp potenciar a produção de combustíveis com maior valor acrescentado, como o gasóleo, a gasolina e o jet para a aviação e reduzir a produção de produtos com menor de valor de mercado como o fuel.

Embora o investimento, que ficará operacional a partir de 2009, seja concentrado em Sines, irá também permitir uma optimização da refinaria de Matosinhos.

A Galp conta com a assessoria técnica da Petrobrás para definir a solução mais adequada a este projecto.

Marques Gonçalves apelou a uma maior flexibilidade por parte da ENI face às propostas de acordo apresentadas pelo Estado português, colocando a bola do lado do accionista italiano. "Tenho a expectativa de que haja uma flexibilidade da ENI para com as propostas feitas pelo Governo".

A empresa está entretanto a preparar a sua dispersão em bolsa, através de uma oferta inicial de venda de capital, a realizar no primeiro semestre deste ano. As indicações do Estado, adiantou Marques Gonçalves, vão no sentido de um IPO de 10% destinado a trabalhadores, pequenos accionistas e emigrantes.

Durante o fórum Brasil, promovido pela Fundação Luso-Brasileira, Marques Gonçalves anunciou investimentos da ordem dos 600 milhões de dólares na actividade de exploração e produção até 2015. Os valores investidos nos 44 blocos brasileiros podem exceder aos mil milhões de dólares até 2020.

A Galp conta com um pico de potencial de produção de oito milhões de barris em 2013 no Brasil que será a partir dessa data a principal área de produção da empresa portuguesa. Da estratégia da Galp faz ainda parte o aprofundamento das parcerias com a Petrobrás, designadamente nas áreas da refinação e comercialização sem passar necessariamente pela participação accionista.

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