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Inapa acabou por não se apresentar esta sexta-feira à insolvência. Japoneses de olho na empresa

Este facto acontece horas depois de os japoneses da JPP terem mostrado vontade em apresentar uma declaração vincultativa do seu interesse em comprar a empresa, cujo maior acionista é o Estado, através da Parpública.

A Inapa vai apresentar a subsidiária alemã à insolvência, o que levará a um processo similar em Portugal.
João Cortesão
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A Inapa acabou por não se apresentar esta sexta-feira à insolvência no tribunal de Sintra, como era esperado, sabe o Negócios. Este facto acontece horas depois de os japoneses da JPP terem mostrado vontade em apresentar uma declaração vincultativa do seu interesse em comprar a Inapa.

Esta abertura da Japan Pulp & Paper (JPP) foi manifestada no decurso de uma videoconferência que administradores da empresa mantiveram na madrugada desta sexta-feira, 26 de julho, com acionistas que representam mais de 30% do capital da distribuidora de papel, conforme avançou o Negócios esta sexta-feira de manhã. 

A JPP comunicou aos acionistas que necessitava de tempo, quatro a cinco dias úteis, para concretizar oficialmente esta proposta. Para tal é necessário que a administração da Inapa recue na intenção de apresentar já hoje o pedido de insolvência.

A gestão de empresa, de acordo com informações recolhidas pelo Negócios, foi avisada destas conversações e terá agora de agir em conformidade, ou seja, decidir se avança já ou protela o pedido de insolvência. A venda aos japoneses é a única forma de salvar o investimento dos acionistas, incluindo o Estado, que através da Parpública detém 45% da empresa.

A própria Parpública já terá sido informada das conversas que foram mantidas esta madrugada.

O pedido de insolvência foi anunciado depois do problema de tesouraria na subsidiária alemã, que deixou por pagar uma dívida de 12 milhões de euros.

A administração da Inapa comunicou na quinta-feira que vem apresentando à Parpública, desde o inicio de 2020, diversas alternativas de capitalização da empresa, envolvendo sempre outros acionistas de referência", mas que do outro lado sempre houve "indisponibilidade" da parte da holding que gere as participações empresariais do Estado.

(Notícia atualizada às 18:20 horas).

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