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Impresa deverá registar lucros de 2,5 milhões no primeiro trimestre
A Impresa deverá registar lucros de 2,5 milhões de euros no primeiro trimestre deste ano, contra prejuízos de 1,3 milhões de euros em igual período do ano anterior e 2,5 milhões no quarto trimestre de 2004, estima o Millennium bcp investimento.
Relativamente ao impacto das novas normas de contabilidade, o analista não espera «diferenças significativas face às anteriores normas, para além das alterações na amortização do ‘goodwill’, enquanto o reconhecimento dos custos de lançamentos tem que ser feito assim que estes ocorrem».
Relativamente ao negócio de televisão, Pedro Mendes explica que a SIC «deverá ter tido um bom desempenho ao nível das receitas no primeiro trimestre». Do lado positivo, prevê o impacto da redução dos descontos de 6,5% para entre 2 e 2,5% e o aumento «susbstancial» na quota de audiências face ao primeiro trimestre de 2004.
Em termos homólogos, a SIC melhorou as audiências globais, mas acima de tudo no «prime time», de 11,9%, ou 3,3 pontos percentuais, para 30,8%. Esta melhoria na SIC deveu-se principalmente à TVI, que viu a sua quota de audiência total cair de 29,4% para 27,4%, e de 34,2% para 29,9% no «prime time».
Receitas da SIC crescem 10% e revistas continuam abaixo do grupo
Neste sentido «esperamos que as receitas do primeiro trimestre cresçam 10%, com o impacto da Páscoa antecipada (que é geralmente favorável para a TV)», afirma o analista, acrescentando que «estimamos uma evolução moderada», ao nível dos custos, com os custos com pessoal «a crescerem em linha com a inflação e com os custos de programas sobre controlo, apesar dos esforços depositados na cobertura das eleições e de alguns novos programas».
As revistas «deverão continuar atrás no ‘portfólio’ da Impresa», acredita Pedro Mendes, explicando que, «embora a publicidade deva melhorar em termos homólogos, esperamos que as receitas continuem a sentir a pressão competitiva da revista ‘Sábado’ da Cofina, que continuou a apostar em produtos alternativos livres de pagamento durante parte do trimestre». Para além disso, houve o atraso do lançamento da «FHM».
No que diz respeito aos custos, «deverão crescer mais do que a inflação, apesar do menor valor do preço do papel». Para além disso, os custos associados com o lançamento de novas revistas «deverá ser contabilizado ainda no primeiro trimestre, segundo as normas internacionais de contabilidade».
Em relação aos jornais, devido ao lançamento do «Courrier International», a evolução das receitas «não deverá ser ajudada por esta nova publicação (espera-se que contribua com 1,5 milhões de euros em 2005)». Para o «Expresso», «estimamos um melhor contributo devido aos crescimento de novos formatos, embora o desempenho deva ser prejudicado por menos publicação do que em 2004».
As acções da Impresa seguiam a cair 0,37% para 5,40 euros.