A Ibersol afirma ter cumprido a regulamentação sobre as ofertas públicas de aquisição vigente em Espanha e que, por isso, vai defender os seus «legítimos» direitos e interesses «pela forma que considere mais apropriada», respondendo assim ao chumbo da CNMV à OPA lançada sobre a Telepizza.

A Comision Nacional del Mercado de Valores (CNMV) não admitiu a oferta pública de aquisição lançada pela Ibersol sobre a Telepizza, pelo facto do valor oferecido (2,25 euros por acção) ser inferior ao da OPA anterior (2,40 euros por acção), lançada pelo Grupo Zena. O regulador do mercado de capitais espanhol diz, contudo, que podem ser lançadas ofertas concorrentes sobre a empresa de «fast food» espanhola até 12 de Maio.

Em comunicado enviado à Comissão do Mercado de valores Mobiliários (CMVM), a Ibersol explica que, tendo em conta o artigo 32 do Real Decreto 1197/1991, a Vidisco foi informada pelos seus consultores jurídicos espanhóis que, segundo a lei espanhola, «a necessidade de melhoria da sua oferta apenas se colocaria caso ocorresse publicação da oferta anterior ao preço de 2,40 euros por acção, após autorização pela CNMV (o que, até hoje, não se verificou), e que, não sendo esta última oferta autorizada pela CNMV, a oferta da Vidisco estaria em condições de prosseguir os seus termos, por o preço oferecido ser superior ao da oferta inicial».

Neste contexto, a Vidisco e a Ibersol consideram que a oferta ao preço de 2,25 euros por acção «foi anunciada com plena observância da regulamentação sobre as ofertas públicas de aquisição vigente em Espanha, pelo que se reserva o direito de defender os seus legítimos direitos e interesses pela forma que considere mais apropriada», sublinha a empresa.

A mesma fonte conclui que «continuarão a estudar todas as diversas alternativas

possíveis tendentes à implementação da sua estratégia empresarial, e informarão oportunamente o mercado da decisão definitiva que vier a ser tomada a tal respeito».