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IATA reduz previsão de prejuízos da aviação para metade
A IATA decidiu rever em baixa a previsão de prejuízos para a aviação comercial para 2006.
A IATA decidiu rever em baixa a previsão de prejuízos para a aviação comercial para 2006.
Contra a estimativa anual de perdas de três mil milhões de dólares avançada em Junho passado, a associação internacional cortou hoje para prejuízos de 1,7 mil milhões de dólares (1,32 mil milhões de euros), apesar da factura energética ter aumentado. Os lucros da Europa e Ásia não conseguirão anular a má prestação da América do Norte.
Em comunicado hoje emitido, a IATA - International Air Transport Association, que reúne 260 companhias representativas de 96% do tráfego aéreo internacional regular, afirma que reviu a previsão para as perdas da indústria. A associação estima agora que, no total, as companhias percam 1,7 mil milhões de dólares (1,32 mil milhões de euros), com a factura do petróleo a valer qualquer coisa como 115 mil milhões de dólares (89,63 mil milhões de euros), a preço médio de 68 dólares (63 euros) por barril (brent).
A estimativa feita apenas há dois meses era de três mil milhões de dólares (2,33 mil milhões de euros), assente numa visão mais "optimista" do custo do petróleo. Considerava assim a IATA que, para uma média de 66 dólares por barril de brent [CO1], as companhias teriam que pagar no final do ano uma factura energética de 112 mil milhões de dólares (87,3 mil milhões de euros).
O que é que mudou então para compensar a subida da variável petróleo? Para a IATA, um "crescimento económico mais forte do que o esperado aumentou as receitas das companhia aéreas, e os esforços de reestruturação elevaram as taxas de ocupação para níveis recorde".
Recorde-se que, em 2005, os prejuízos das companhias aéreas foram de 3,2 mil milhões de dólares (2,5 mil milhões de euros), com uma conta do petróleo de 91 mil milhões de dólares (70,93 mil milhões de euros).
Companhias europeias terão lucros de 1,4 mil milhões de euros
Por regiões mais importantes, a previsão da IATA dá o maior lucro às companhias da Europa, com 1,8 mil milhões de dólares (1,4 mil milhões de euros) previstos para 2006. A progressão forte nas viagens mais caras é um dos factos mais visíveis do crescimento económico que a Europa tem vindo a sentir, defende a IATA, a que acresce um aumento no tráfego entre esta zona e a Ásia.
Também as companhias asiáticas consolidarão lucros, desta feita de 1,7 mil milhões de dólares (1,32 mil milhões de euros).
A penalizar o balanço final estão as companhias do Norte da América (EUA e Canadá), que irão registar perdas de 4,5 mil milhões de dólares (3,5 mil milhões de euros), apesar da IATA estimar o "retorno aos resultados operacionais positivos este ano".