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Huawei “continuará a trabalhar com parceiros locais” para ajudar Europa na digitalização
Para acompanhar o crescimento da economia digital, o presidente da Huawei, Liang Hua, apela à criação de um sistema de regulamentação mundial que seja aberto, colaborativo, seguro e credível.
O primeiro dia da edição de 2020 da Web Summit contou com a participação do presidente a nível global da gigante chinesa Huawei. Na sua intervenção, Liang Hua partilhou a sua visão sobre o futuro da tecnologia e da nova era da economia digital, cuja importância foi reforçada por causa da pandemia. E numa altura em que alguns países proibiram a implementação de tecnologia da chinesa no desenvolvimento do 5G, o responsável garante que a Huawei vai "continuar a trabalhar com os parceiros locais para ajudar a Europa a manter o seu nível de sucesso em termos de digitalização e sustentabilidade."
A junção das tecnologias do 5G, da "cloud computing" e da inteligência artificial vai levar "à progressão da nossa indústria e da economia digital e, em simultâneo, dará abertura a experiências imersivas para os consumidores, aperfeiçoando a regulação no sentido de digitalizar as indústrias com maior rapidez", acrescentou Liang Hua, antecipando um impacto na economia em geral.
De acordo com as estimativas do presidente da Huawei, até 2025 mais de 30% do PIB global será gerado pela economia digital e uma das principais tendências que irá fomentar este valor é a quinta geração móvel (5G) - que deverá chegar a "mais da metade da população mundial" nos próximos cinco anos, referiu.
"A inovação digital leva-nos para uma nova era de inteligência. Vemos no horizonte uma vida mais inteligente, melhor e mais verde", comentou. O responsável considera que "a Europa tem uma base industrial forte e a capacidade de inovar. A convergência das tecnologias 5G, cloud e inteligência artificial ajudará a implementar o mundo digital, incrementar a produtividade e gerar novo valor", acrescentou.
Porém, como destacou Liang Hua, "apesar de todas essas grandes oportunidades, a economia digital também apresenta alguns desafios". "Quanto mais usamos uma tecnologia, mais precisamos de regras e governance". Por isso, "precisamos de melhor proteção da privacidade e de mecanismos transparentes, que estimulem a confiança. Só podemos gerar real valor comercial/empresarial com base nos dados, construindo um sistema de regulamentação mundial que seja aberto, colaborativo, seguro e credível. Esta é a forma de impulsionar um desenvolvimento saudável da indústria", concluiu.