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Guiné assina acordo milionário para revitalizar exploração mineira
O projecto poderá criar 45.000 postos de trabalho e duplicar o produto interno bruto (PIB) do país. Não há data prevista para o arranque da produção.
Rio Tinto, Chinalco e International Finance Corporation (IFC) assinaram, com a Guiné, um acordo orçado em 20 mil milhões de dólares para revitalizar e desenvolver a exploração de minério de ferro na mina de Simandou.
No acordo está também prevista a disponibilização de fundos para construir 650 quilómetros de vias férreas e um porto de águas profundas, favorecendo assim a exportação dos minérios. As empresas prevêm atingir uma produção anual de 100 milhões de toneladas, esclarece a Reuters.
"Com um investimento maciço em infra-estruturas, o projeto é de importância fundamental para o povo da Guiné", assegurou o Presidente da República guineense Alpha Condé, citado pela Reuters, destacando os esforços e investimentos do país rumo ao crescimento.
O projecto, diz a BBC, poderá criar 45.000 postos de trabalho e duplicar o Produto Interno Produto do país. Duplicada fica também a participação do Governo na parte sul da mina, agora com 15%, face ao anterior acordo de exploração com a Simfer.
O negócio será agora sujeito à validação da Assembleia Nacional da Guiné, estando previsto um estudo de viabilidade no período de um ano, que detalhará custos e prazos. Não há, para já, data prevista para o início da produção na mina guineense.
No mês passado, a Guiné decidiu retirar à BSGR (e à sua parceira Vale) os direitos de exploração da parte norte de Simandou, acusando a empresa detida pelo israelita Beny Steinmetz de ter obtido a concessão de forma corrupta em 2008, acrescenta a Reuters.