E vão três negas. Depois de ter chegado tarde à mesa das negociações para a compra da H. Hagen e da Abrantina, a FDO falhou recentemente a investida sobre a Obrecol. O grupo construtor bracarense está agora a reflectir sobre o caminho do crescimento por aquisição.

Derrotado por Dias Lopes na corrida à compra da H. Hagen e pela Lena à aquisição da Abrantina, operações ocorridas há cerca de um ano e meio, o grupo FDO averbou recentemente mais um falhanço na sua ambição de crescimento por aquisição. Desta vez foi a Obrecol que rejeitou a abordagem do grupo construtor de Braga.

Se nos dois primeiros casos a FDO pecou por chegar tarde, quando havia já negociações avançadas entre as adquirentes e as adquiridas, em relação à Obrecol o negócio simplesmente não avançou porque Gabriel Santos, presidente e accionista maioritário da construtora lisboeta, não se mostrou disponível para vender a empresa.

“Fomos nós que o abordamos. É justo que se diga que o accionista principal dessa empresa nunca quis conversar connosco sobre uma hipotética venda”, garantiu ao Negócios Manuel Ferreira Dias, presidente da FDO, desmentindo que o negócio tenha abortado por desistência à última hora de Gabriel Santos.

Para Ferreira Dias, a Obrecol “era mesmo o tipo de empresa” que a FDO queria comprar para consolidar a sua estratégia de expansão. “Porque serviria de complementaridade ao grupo, nomeadamente nas áreas das infra-estruturas ferro e rodoviárias, preenchendo assim em parte essa nossa lacuna”, explicou. Em busca da melhor forma de encaixar esse complementaridade, a FDO encontra-se agora “em período de reflexão”, rematou o presidente do grupo.