Notícia
Grupo Águas de Portugal vai produzir toda a energia que consome até 2030
O grupo Águas de Portugal comprometeu-se esta quarta-feira a produzir toda a energia que consome até 2030 com um investimento de cerca de 370 milhões de euros que permitirá emitir menos 205 mil toneladas de dióxido de carbono anualmente.
29 de Julho de 2020 às 18:38
O programa de Neutralidade Energética, apresentado hoje em Lisboa, prevê que a Águas de Portugal produza e armazene energia obtida totalmente de fontes renováveis, incluindo a partir das redes de distribuição e tratamento de águas e esgotos e contempla ainda a produção e co-produção de hidrogénio.
O ministro do Ambiente e Ação Climática, João Pedro Matos Fernandes, afirmou aos jornalistas à margem da apresentação que "é o primeiro [grupo] no mundo no ciclo urbano da água" a apontar para a neutralidade energética, o que trará "ganhos significativos nas contas da própria empresa".
O vice-presidente da Águas de Portugal, José Manuel Sardinha, afirmou que cerca de 40 milhões de euros serão investidos em redução do consumo de energia em todas as suas atividades, incluindo instalações e frota.
Por outro lado, 292 milhões irão para produção própria de energia, centrada em biogás, energia eólica -- com instalação de 48 torres -, energia hídrica, e solar fotovoltaica, com instalação de centrais e flutuantes.
No total, a Águas de Portugal espera chegar a 2030 a produzir 765 gigawatts por ano, cobrindo o seu consumo -- mais de 725,1 gigawatts em 2019, representando mais de 1,4% do consumo de energia elétrica em Portugal -- e conseguindo ainda um excedente.
Matos Fernandes afirmou que os investimentos previstos serão feitos "de Bragança a Vila real de Santo António", bem como na atividade da Águas de Portugal no estrangeiro e que o projeto "pode ser financiado com fundos europeus" do próximo quadro comunitário de apoio, que tem uma parcela aplicável em investimentos deste tipo.
José Manuel Sardinha referiu que atualmente a fatura anual de eletricidade do grupo é cerca de 65 milhões de euros e que o investimento de 370 milhões terá um retorno "entre oito a dez anos".
Na área da eficiência energética, o dinheiro será aplicado em "reengenharia e novos equipamentos", referiu, acrescentando que na produção, alguns dos investimentos "mais visíveis" serão torres eólicas e "hídricas nas próprias condutas de água e águas residuais, às saídas de estações de tratamento de águas residuais e à entrada de reservatórios", que permitirão a produção de eletricidade "24 horas por dia".
"A energia é um dos nossos principais custos e estamos sujeitos às oscilações do mercado. Passaremos a ser independentes e autossustentáveis porque produzimos a nossa própria energia", apontou.
O projeto de neutralidade energética hoje apresentado prevê ainda a instalação de 20 eletrolisadores para produzir energia a partir de águas residuais, um investimento de 21 milhões de euros que também permitirá fornecer hidrogénio injetar nas estações de tratamento de águas residuais para aumentar a capacidade de produção de energia a partir do biogás que contêm.
A Águas de Portugal prevê ainda um projeto de coprodução a partir do hidrogénio dos reagentes que utiliza no tratamento de águas, como cloro, para fornecer às suas próprias instalações, tornando a empresa mais bem preparada para enfrentar faltas de fornecimento provocadas por "greves, tempestades ou pandemias".
No caso da covid-19, uma das preocupações da empresa foi a possibilidade de as fronteiras com Espanha serem completamente fechadas, o que seria um problema grave porque os reagentes que utiliza vêm daquele país.
A Águas de Portugal vai também renovar a frota, que em 2018 foi responsável pela queima de 2,8 milhões de litros de combustível, emitindo 8,5 mil toneladas de dióxido de carbono para a atmosfera, e espera que em 2030 sejam emitidas 5,1 mil toneladas.
O ministro do Ambiente e Ação Climática, João Pedro Matos Fernandes, afirmou aos jornalistas à margem da apresentação que "é o primeiro [grupo] no mundo no ciclo urbano da água" a apontar para a neutralidade energética, o que trará "ganhos significativos nas contas da própria empresa".
Por outro lado, 292 milhões irão para produção própria de energia, centrada em biogás, energia eólica -- com instalação de 48 torres -, energia hídrica, e solar fotovoltaica, com instalação de centrais e flutuantes.
No total, a Águas de Portugal espera chegar a 2030 a produzir 765 gigawatts por ano, cobrindo o seu consumo -- mais de 725,1 gigawatts em 2019, representando mais de 1,4% do consumo de energia elétrica em Portugal -- e conseguindo ainda um excedente.
Matos Fernandes afirmou que os investimentos previstos serão feitos "de Bragança a Vila real de Santo António", bem como na atividade da Águas de Portugal no estrangeiro e que o projeto "pode ser financiado com fundos europeus" do próximo quadro comunitário de apoio, que tem uma parcela aplicável em investimentos deste tipo.
José Manuel Sardinha referiu que atualmente a fatura anual de eletricidade do grupo é cerca de 65 milhões de euros e que o investimento de 370 milhões terá um retorno "entre oito a dez anos".
Na área da eficiência energética, o dinheiro será aplicado em "reengenharia e novos equipamentos", referiu, acrescentando que na produção, alguns dos investimentos "mais visíveis" serão torres eólicas e "hídricas nas próprias condutas de água e águas residuais, às saídas de estações de tratamento de águas residuais e à entrada de reservatórios", que permitirão a produção de eletricidade "24 horas por dia".
"A energia é um dos nossos principais custos e estamos sujeitos às oscilações do mercado. Passaremos a ser independentes e autossustentáveis porque produzimos a nossa própria energia", apontou.
O projeto de neutralidade energética hoje apresentado prevê ainda a instalação de 20 eletrolisadores para produzir energia a partir de águas residuais, um investimento de 21 milhões de euros que também permitirá fornecer hidrogénio injetar nas estações de tratamento de águas residuais para aumentar a capacidade de produção de energia a partir do biogás que contêm.
A Águas de Portugal prevê ainda um projeto de coprodução a partir do hidrogénio dos reagentes que utiliza no tratamento de águas, como cloro, para fornecer às suas próprias instalações, tornando a empresa mais bem preparada para enfrentar faltas de fornecimento provocadas por "greves, tempestades ou pandemias".
No caso da covid-19, uma das preocupações da empresa foi a possibilidade de as fronteiras com Espanha serem completamente fechadas, o que seria um problema grave porque os reagentes que utiliza vêm daquele país.
A Águas de Portugal vai também renovar a frota, que em 2018 foi responsável pela queima de 2,8 milhões de litros de combustível, emitindo 8,5 mil toneladas de dióxido de carbono para a atmosfera, e espera que em 2030 sejam emitidas 5,1 mil toneladas.