A Groundforce Portugal, empresa portuguesa do sexto maior operador independente de «handling», estabeleceu um acordo de cooperação com a congénere brasileira SATA, detida pelo Grupo Varig. O protocolo prevê a futura integração societária das duas empresas, no curto prazo, anunciaram hoje os presidentes das companhias em conferência de imprensa, em Lisboa.

«Vamos agora estudar e definir em que moldes deve assentar esta integração, com o objectivo de tomarmos uma decisão nos próximos meses», revelou Ângelo Esteves, presidente da Groundforce Portugal, escusando-se a revelar mais detalhes sobre a operação. Já o responsável máximo da brasileira SATA, Allemander Pereira metaforizou, afirmando que «estamos a começar um namoro que, pressinto, ter tudo para avançar para uma coisa mais séria».

No caso de esta integração societária se concretizar, vai dar «origem ao quarto maior operador a nível mundial e ao primeiro no eixo ibérico-latino, com uma rede de mais de 50 aeroportos, um volume de facturação superior a 330 milhões de euros e mais de 10 mil trabalhadores», segundo dados avançados na conferência.

O protocolo prevê ainda a criação de uma «joint-venture» para o desenvolvimento conjunto da actividade de assistência à aviação executiva no Brasil, um dos 10 maiores mercados mundiais neste segmento. «O acordo que a Groundforce está a preparar com a OMNI Aviação e Tecnologia para este negócio no mercado português deverá ser integrado nesta nova rede», considera Ângelo Esteves.

Além da partilha de experiência e «know-how», nomeadamente nas áreas comercial, marketing, processos operativos e negociações de compras, o acordo de parceria prevê o desenvolvimento de projectos conjuntos nos PALOP e na América Latina.