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Governo quer conhecer nova avaliação da TAP (act.)
O Governo já pediu aos assessores financeiros uma actualização da avaliação da TAP, privatização que pretende relançar ainda em 2014, no momento em que entender que há ambiente competitivo para abrir o processo, disse fonte do Ministério da Economia.
Esta actualização terá em conta os resultados da companhia aérea de 2013. O ano passado, o grupo melhorou o seu desempenho, não só no negócio de transporte aéreo, onde já tinha registado lucros em 2012, como nas restantes actividades.
Até Setembro de 2013, a companhia registou lucros de 8,5 milhões de euros, valor que compara com os prejuízos de 9,7 milhões registados no período homólogo, segundo os dados a que o Negócios teve acesso.
O ano passado também foi positivo ao nível da redução da dívida, uma vez que a companhia terminou o terceiro trimestre com uma dívida de cerca de 803 milhões de euros, quase menos 60 milhões do que o registado no final de 2012.
Há um ano, a avaliação da TAP havia sido feita pela Caixa Geral de Depósitos e o Citigroup, instituições financeiras que deverão fazer esta revisão.
O Negócios sabe que a direcção financeira da companhia já foi avisada que este processo irá arrancar em breve.
O secretário de Estado dos Transportes, Sérgio Monteiro, tem sublinhado a melhoria do desempenho da TAP e tem acrescentado que a companhia, no último ano, "criou mais valor", depreendendo-se destas destas declarações que ocorreu uma valorização financeira da companhia.
O Governo ainda não definiu qual o modelo a adoptar aquando da retoma do processo de venda da companhia. Contudo, neste momento os "curiosos" que estão a analisar o "dossier" TAP são essencialmente financeiros, o que poderá abrir a porta à venda de participações mais pequenas, ou a criação de consórcios.
Como noticiado pelo "Público" e pelo "Diário Económico", o norte-americano Frank Lonrenzo e o empresário Miguel Pais do Amaral estavam a olhar para a companhia, ambos com ligação a fundos de investimento.
Apesar de ter sido colocada a hipótese em tempos, a dispersão do capital da TAP em bolsa é algo pouco provável. Desconhecendo-se qual será o teor de um novo caderno de encargos é certo que a manutenção do "hub" em Lisboa e o direito de preferência do Estado na recompra da companhia, caso os pressupostos não sejam cumpridos, são duas condições que se deverão manter, face ao que já estava descrito no primeiro.
Em 2012, os interessados na companhia aérea nacional foram todos grupos de aviação civil. Recorde-se que a proposta da Synergy previa o pagamento ao Estado de 35 milhões de euros e um investimento na companhia de mais 316 milhões de euros. Na época, Germán Efromovich, dono da Synergy assumia o passivo da companhia.
(Notícia actualizada às 20h03 com mais detalhes do processo)