Outros sites Medialivre
Notícias em Destaque
Notícia

Guerra comercial começa oficialmente a 4 de fevereiro

O decreto presidencial de Trump determina a imposição de tarifas de 10% à China, de 25% ao México e de 25% ao Canadá, exceto no petróleo canadiano, que terá tarifa de 10%.

Brian Snyder
  • ...

China, Canadá e México reagiram rápido ao anúncio do presidente dos Estados Unidos. Donald Trump, de aplicar tarifas comerciais a estes países a partir de terça-feira, 4 de fevereiro. O mais lesto foi mesmo o vizinho canadiano.

O decreto presidencial de Trump determina a imposição de tarifas de 10% à China, de 25% ao México e de 25% ao Canadá, exceto no petróleo canadiano, que terá tarifa de 10%.

O primeiro-ministro Justin Trudeau anunciou que o Canadá vai retaliar às taxas aduaneiras de 25% impostas pelos EUA e aplicar a mesma tarifas aos produtos norte-americanos.  Trudeau adiantou que taxas sobre 30 mil milhões de dólares (28,9 mil milhões de euros) de frutas e bebidas alcoólicas norte-americanas entrarão em vigor na terça-feira, no mesmo dia em que as tarifas dos EUA entram em vigor.

O Canadá irá gradualmente "impor taxas alfandegárias de 25% sobre os produtos americanos, totalizando 155 mil milhões de dólares canadianos" [102 mil milhões de euros], anunciou.

O chefe do Governo do Canadá deixou também um recado à população dos Estados Unidos. "Isto terá consequências reais para vocês, o povo norte-americano", resultando em preços mais elevados, nomeadamente no caso de bens essenciais.

China faz queixa à OMC

A China revelou igualmente que vai ripostar, mantendo a argumentação de que em guerras comerciais "não há vencedores".

O comércio entre os Estados Unidos e a China representou cerca de 500 mil milhões de euros nos primeiros 11 meses de 2024, mas o balanço é amplamente desfavorável aos Estados Unidos, com um défice de cerca de 260 mil milhões de euros, segundo dados de Washington.

"A China está fortemente insatisfeita e firmemente contra" as tarifas, disse o Ministério do Comércio chinês, em comunicado, anunciando "medidas correspondentes para proteger resolutamente os direitos e interesses" chineses.

Pequim adiantou que vai apresentar uma queixa contra Washington junto da Organização Mundial do Comércio (OMC) pelo que chamou de "imposição unilateral de taxas alfandegárias em grave violação das regras da OMC".

México contra calúnias

O triunvirato de reações fica fechado com a Presidente do México, Claudia Sheinbaum instruiu o secretário da Economia, Marcelo Ebrard Casaubon, para implementar uma resposta que inclua tarifas de retaliação e outras medidas em defesa dos interesses do México.

"Rejeitamos categoricamente a calúnia da Casa Branca de que o Governo mexicano tem alianças com organizações criminosas, bem como qualquer intenção de interferir no nosso território", escreveu a chefe de Estado, numa publicação na rede social X.

"Se o Governo dos Estados Unidos e as suas agências quisessem abordar o consumo grave de fentanil no seu país, poderiam combater a venda de drogas nas ruas das suas principais cidades, o que não fazem, e o branqueamento de capitais que esta atividade ilegal gera e que tantos danos causou à sua população", acrescentou Sheinbaum.

Ver comentários
Outras Notícias
Publicidade
C•Studio